Alguns ratos antes cegos voltaram a enxergar graças a pesquisadores de Berkley. Seres humanos podem ser os próximos.
Existem duas causas principais para a cegueira — retinite pigmentosa, que é genética, e degeneração macular, um problema relacionado à idade que sua avó deve ter. Ambas as doenças estão relacionadas à morte dos cones e bastonetes, ou fotorreceptores, da retina. Os ratos são geneticamente alterados para que seus cones e bastonetes morram logo após o nascimento e eles recuperam a visão depois de receberem a injeção de um químico chamado AAQ. Como o AAQ faz com que as células respondam à luz novamente? Segundo o Science Daily:
“O AAQ é um tipo de interruptor que se liga aos canais de proteínas iônicas na superfície das células da retina. Quando ativados pela luz, o AAQ altera o fluxo de íons através dos canais e ativa esses neurônicos de forma muito parecida com a que os cones e bastonetes são ativados pela luz.”
A parte mais promissora dessa notícia é que a visão foi restaurada sem a aplicação de qualquer gene estranho, como células tronco, por exemplo. E por causa disso, a retina não é alterada permanentemente, tornando o processo menos arriscado. A equipe está trabalhando em uma versão mais forte para pessoas usarem. O que significa que algum dia a sua vovó de 87 anos talvez possa abandonar aqueles óculos grossos dos quais ela tanto depende. [Science Daily via PopSci. Imagem: Genestro/Shutterstock]