Depois de muita promessa, parece que enfim a desoneração dos smartphones no Brasil sai agora em abril. Mas o que isso vai significar para o mercado nacional?
Segundo o ministro das comunicações Paulo Bernardo, já há um acordo com o Ministério da Fazenda para a redução fiscal, e a medida depende de sanção da presidente Dilma Rousseff para entrar em vigor. Nela ficou definido que aparelhos 3G de até R$ 1.000 e 4G de até R$ 1.500 vão ter redução de impostos.
Na prática, significa que aparelhos de entrada e intermediários podem ficar mais baratos. Isso, claro, se forem fabricados aqui. Com a redução fiscal, os aparelhos podem ficar até 25% mais baratos por aqui. Podem, e isso depende das empresas repassarem a redução para os consumidores.
Entre os aparelhos 3G que se encaixam nos requisitos para receber a desoneração, temos os dois Motorola Razr recém-lançados – o D1 e o D3. Quando anunciou os dispositivos, a Motorola garantiu que o preço deles seria reduzido com a Lei do Bem para smartphones, então podemos esperar encontrá-los a preços mais baixos em breve. Ainda na lista dos Androids, a linha Optimus L da LG toda deve ser incluída no pacote: o L3 II, L5 II e L7 II, todos recém-lançados por aqui. A Positivo também é beneficiada pela medida e Paulo Bernardo já falou que a empresa terá smartphone a R$ 220 (ele prometeu até o Natal, mas enfim).
Outro bom aparelho encaixado na Lei do Bem é o Nokia Lumia 620. Ele atualmente custa R$ 899 e é a opção mais barata de Windows Phone disponível. Da linha Lumia, só o 920 não é fabricado no Brasil, e o 820 bate na trave na hora de ganhar os benefícios: ele tem 4G, mas custa R$ 1.599. Por 99 reais ele fica de fora!
Com isso, a não ser que a Nokia reduza o preço do Lumia 820 nas próximas semanas, apenas um smartphone 4G será beneficiado pela redução fiscal: é o LG Optimus F5, que chega por aqui em maio por R$ 1.399.
Quando a desoneração enfim sair, fabricantes devem se mexer um pouco mais para oferecer smartphones mais baratos – pelo menos é isso o que esperamos. A redução de preço não deve ser imediata, mas torcemos que pelo menos a partir do segundo semestre os smartphones estejam um pouco mais acessíveis. Não os high-end, que estão indo pelo caminho contrário. [UOL Tecnologia]
Foto via Magnus Franklin/Flickr