O Supremo Tribunal do Reino Unido voltou a processar a Meta, empresa-mãe do Facebook, por coletar dados pessoais para direcionar anúncios aos usuários de suas redes. As informações são da agência Bloomberg.
A ação partiu de Tanya O’Carroll, ativista britânica de tecnologia e direitos humanos. Segundo ela, o Facebook viola os regulamentos gerais de proteção de dados ao processar e criar perfis com as informações dos usuários e, depois, usá-los para enviar anúncios “personalizados”. “Publicidade de vigilância”, classificou O’Carroll.
Segundo a ativista, uma vitória neste caso pode abrir precedentes judiciais para milhões de usuários “forçados a aceitar a vigilância invasiva” para usar as plataformas digitais, disse.
O processo entra na fila de diversas ações judiciais movidas contra a Meta no Reino Unido e na Europa. Só em Londres, a companhia de Mark Zuckerberg é alvo de outros casos em ações antitruste e fluxos de dados transatlânticos.
Em um comunicado por e-mail, a Meta disse que criou ferramentas para verificar a privacidade e preferências de anúncios. Os recursos explicam quais dados foram compartilhados e como os usuários podem controlar os anúncios que veem.
“Sabemos que a privacidade é importante para nossos usuários e levamos isso a sério”, disse um porta-voz à agência Bloomberg. A big tech ainda não apresentou os documentos da defesa no caso.