Na década de 1930, uma espada de bronze apareceu nas margens do rio Danúbio, na Hungria. A peça foi considerada como uma réplica muito bem feita, que copiava as armas usadas durante a era Medieval.
A espada foi enviada ao Field Museum em Chicago, nos EUA, onde permaneceu exposta durante cerca de um século. Em 2022, uma revelação chocou os pesquisadores: a arma não se tratava de uma réplica, mas sim de um objeto autêntico, descartado entre 1080 e 900 a.C.
A classificação errônea foi notada por arqueólogos húngaros que estavam trabalhando ao lado de cientistas do Field Museum em uma nova exposição. Essa contará a história dos primeiros reis da Europa e deve ser inaugurada em março de 2023.
A equipe submeteu a espada a exames de raio X para confirmar a suspeita. Ao medir a energia e a intensidade da radiação que sai dos materiais, os cientistas conseguem descobrir do que a peça é feita. Neste processo, concluíram que se tratava de uma arma quase idêntica a outras usadas na Idade do Bronze, com proporções semelhantes de bronze, cobre e estanho na composição.
Segundo os pesquisadores, o artefato pode ter sido deixado nas águas do rio Danúbio para fins ritualísticos. Provavelmente, a medida buscou comemorar o fim de uma batalha ou então homenagear um ente querido após a morte, como era tradição entre outras culturas europeias da época.
Apesar da espada ser 3 mil anos mais velha do que se pensava originalmente, ela não entrará na exposição First Kings of Europe. Na verdade, ela será exibida como uma prévia da mostra no salão principal do museu.