A farmacêutica Eli Lilly desenvolveu um novo medicamento que promete reduzir em 25% o peso do paciente. Chamado retatrutida, ele avançou para a fase 3 de testes clínicos, tornando-se uma possível alternativa à cirurgia bariátrica.
O estudo, feito laboratório da Eli Lilly, acompanhou um grupo de mais de 300 pessoas que utilizaram a substância durante um ano. Aqueles que receberam a maior dosagem, 12 mg, apresentaram uma perda de peso de 24%.
De acordo com as pesquisas iniciais, a retatrutida atua na supressão do apetite ao simular três hormônios: GLP-1, responsável por controlar a fome e a saciedade; GIP, que melhora a secreção de insulina após uma refeição; e GCG, que aumenta os níveis de glicose no sangue.
Isso possibilita que as pessoas se sintam saciadas por mais tempo, regulando os níveis de açúcar no sangue e induzindo a perda de peso.
Embora sejam necessárias mais pesquisas para confirmar os resultados preliminares e avaliar a eficácia e segurança a longo prazo da retatrutide, os achados são promissores.
O próximo passo envolve a busca pela aprovação da retatrutide como tratamento para a obesidade pelas autoridades de saúde.
Obesidade aumenta no mundo
A obesidade continua sendo um problema crescente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 1 bilhão de pessoas são obesas, incluindo 650 milhões de adultos, 340 milhões de adolescentes e 39 milhões de crianças.
Estima-se que até 2025, cerca de 167 milhões de pessoas, entre adultos e crianças, estarão em situação de excesso de peso ou obesidade.
No Brasil, mais da metade dos adultos apresentam excesso de peso, o que equivale a 60,3% da população adulta, ou seja, 96 milhões de pessoas. A prevalência é maior entre as mulheres (62,6%) do que entre os homens (57,5%).
Além disso, aproximadamente um em cada cinco adolescentes com idades entre 15 e 17 anos está com excesso de peso (19,4%), e 6,7% deles estão com obesidade.