Ele chegou.
Um último esforço. Um lento porém firme empurrão dos chips. Tudo encaixado. A única esperança da Palm de salvar uma empresa que um dia já foi sinônimo de dispositivos portáteis inteligentes: o Pre. Suas sobrancelhas levantadas, desafiando você a pedir a mesa. Eles abrem as cartas. Full house. Respeitável. Decente. Até impressionante. Mas não é a mão maior.
Isso não quer dizer que o telefone não seja bom, porque ele é. O software possui umas inovações bastante interessantes que expandem os conceitos do que as pessoas podem fazer com smartphones, exatamente como o Google Android quando foi lançado – só que melhor. O mercado precisa disto. O setor precisa disto. Nós precisamos disto. Mas e o hardware? Vulgar. Frágil. Chega a ser perigoso.
Eu usei o Pre como o meu aparelho principal por uma semana, enviando o meu número pelo Google Voice para que eu avaliasse o que era viver com ele. Eu pude puxar os meus contatos do Facebook e Google para o telefone bem facilmente, apesar do Pre não suportar sincronização para o OS X Address Book, então não foi uma transição tão tranquila assim. A recepção da operadora Sprint infelizmente é ruim o suficiente na minha casa para me conferir uma horrível qualidade na voz, mas não ruim o suficiente para fazer as chamadas caírem. O aparelho dava uma sensação muito boa no meu bolso e nas minhas mãos e as notificações de mensagem de texto e e-mail eram informativas sem serem intrusivas. Fora a tentativa de ser discreto quando eu ia para os meus típicos locais exóticos – o supermercado, Sam’s Club, restaurantes e São Francisco – não houve nada de incrível que fosse digno de nota. Em resumo, ele é definitivamente um smartphone capaz, um que eu não teria nenhum problema para usar o tempo todo.
O HARDWARE:
Tela
Esta é a melhor tela multitoque que eu já vi. A tela do Pre é menor que a do iPhone e a do G2, mas possui a mesma resolução 320×480 que se equivale a ambas, o que significa que os pixels são apenas mais compactos. Ao assistir ao Cavaleiro das Trevas nos dois telefones, percebi que a imagem no Pre era apenas ligeiramente mais nítida e ligeiramente melhorzinha que no iPhone. Ainda assim, você provavelmente não conseguiria distinguir a diferença a menos que tivesse os dois lado a lado. É como a diferença entre uma TV de 4000 reais e uma de 4500. A menos que ambas estejam na sua sala funcionando ao mesmo tempo, você não notaria a diferença.
As arestas pretas também dão um excelente contraste à tela, margeando com uma negritude que alivia os olhos e faz a imagem ser ainda mais realçada. Com o brilho máximo, ele não parece tão brilhante quanto o iPhone, mas é brilhante o suficiente para ficar ótimo debaixo de luz solar. No entanto, o acabamento lustroso o torna ligeiramente mais difícil de ver se você está preocupado com o ofuscamento. No uso diário debaixo de um teto, a tela é um tantinho mais azul na temperatura de cor que a do iPhone – algo que ou você não notaria, ou não seria questão de preferência.
Mas a multitoque! Eu não saberia dizer se é porque tem uma CPU melhor para sustentá-la, ou um digitalizador melhor, ou se é o software que é melhor, mas o toque é mais preciso, mais responsivo e pura e simplesmente melhor que a do iPhone. A invenção do efeito de ondulação onde você aperta a tela é genial e parcialmente resolve o problema crônico de feedback passivo – independente do SO saber ou não que você apertou a tela. Eu digo parcialmente porque o telefone de vez em quando ainda não registra os seus cliques, mesmo com a ondinha aparecendo.
Multitoque é gloriosa
Tela é brilhante, arestas dão excelente contraste e no geral se equipara bem ao iPhone
Corpo e construção
A primeira coisa que você notará quando deslizar o Pre para abri-lo é a aresta absurdamente afiada se afundando na palma da sua mão. Em nenhum outro lugar – nem no iPhone, no G1, no G2 ou em qualquer outro smartphone da HTC – eu vi um telefone que fosse tão ameaçador à integridade da minha pele. Se você estiver empurrando a tela para cima a partir da parte inferior do telefone, como você instintivamente o faria, prepare-se para ser cortado. É este o nível irresponsável de afiação da aresta.
Para sermos justos, a Palm instrui você a abrir o telefone colocando o seu dedão na própria tela e empurrando para cima. Plano fantástico, exceto pelo fato de ser uma touchscreen e, ao colocar o seu dedão na tela, você de fato estaria movimentando alguma coisa. É uma solução pra lá de deselegante: uma solução que foi pensada às pressas para tentar salvar uma horrível decisão de design do hardware. Mesmo que você faça as coisas à maneira da Palm, o topo de vez em quando emperra ao deslizar na abertura, especialmente se você estiver empurrando ligeiramente pra cima ou pra baixo do centro do telefone.
Talvez eu esteja sendo perfeccionista demais, mas este é o maior defeito no hardware, um que não exatamente o faz decidir contra o aparelho, mas que realmente é desagradável na experiência geral.
O resto do corpo, por sorte, nem de perto é tão ruim. Mas tampouco é espetacular. As duas metades do aparelho se encaixam direitinho, mas não tão unidas a ponto de impedir que você possa torcer a parte de cima e de baixo como se fossem um biscoito Trakinas de plástico. É uma daquelas coisinhas que não têm muitas consequências, mas são extremamente irritantes para as pessoas que possuem o telefone – como a capa da bateria que requer que você aperte com força em três pontos diferentes para poder tirar. Ou a capa do conector microUSB que exige o uso da unha e um completo menosprezo por ter um buraco permanente na lateral do seu telefone para poder removê-la.
Apesar destes problemas, quando fechado o telefone é muito gostoso nas mãos. Ele é mais grosso que o iPhone, mas arredondado como um seixo polido e mais curto do que você esperaria. Se a Palm ao menos pudesse tê-lo feito com uma aparência e sensação menos plasticosa, o exterior fechado seria quase perfeito.
Qualidade da estrutura é mais ou menos e dá uma sensação muito plástica
Aresta inferior do telefone é afiada demais
Teclado
Não é bom o suficiente para um smartphone. Cada um dos meus dedões ocupa a largura de quatro teclas, fazendo com que apenas a abordagem das unhas me consiga uma digitação próxima de precisa. O layout das teclas é bem semelhante ao Centro e cada tecla individual dá uma sensação excessivamente emborrachada e grudenta, não tão agradável. Cada tecla oferece bastante resistência e não é afundada o suficiente para passar uma boa sensação tátil enquanto se digita rapidamente.
Após usar o Pre por uma semana, eu já consigo digitar bem rapidinho usando as teclas, mas o fato de não ter predição de palavras – o tipo que lhe salva a vida no iPhone ou Android G2 – o nega um tanto de velocidade que você tenha obtido por usar um teclado físico. O fato de cada tecla física ser aproximadamente 30% menor que uma tecla virtual no iPhone deve ilustrar quão difícil é apertar os botões com precisão e como seria melhor digitar no Pre se houvesse uma correção automática melhorzinha. O que o Pre faz, pelo menos em inglês, é fazer mudanças bem, BEM pequenas, como “teh” para “the”, ou “isnt” para “isn’t”, mas isto beira a nada.
É um teclado físico
As teclas são muito pequenas, plásticas demais e não dão feedback suficiente
Duração da bateria
Na maioria dos dias, com uso mais intenso que o normal, eu consegui fazer o Pre durar praticamente o dia todo. Usando das 8 da manhã às 9 da noite com pelo menos 20% da bateria restando, acho que isso não há de ser um problema. A única vez que eu consegui esgotar prematuramente a bateria foi um dia quando eu estava fazendo diversos testes e estava com o AIM ligado, que por enquanto está com uma implementação cheia de bugs que suga mais energia do que o necessário. Pelo menos está pau a pau com a duração da bateria no iPhone 3G e no G2 e é muito melhor que o G1.
Câmera
É uma câmera de 3 megapixels, mas quando vai tirar fotos de verdade, não é muito melhor que o G2 ou o iPhone. Assim como a maioria das câmeras vagabundas, as fotos ficam boas com bastante luz solar, mas sob condições de baixa luminosidade as fotos ficam meio granuladas – mesmo usando o “flash” na parte traseira, ela é apenas tolerável.
A câmera não é uma bosta
Web OS
Neste quesito, se me permitem dar continuidade à minha metáfora das cartas, é onde a Palm desceu quatro ases. O sistema operacional é realmente onde o Pre brilha e consegue criar uma plataforma coerente baseada na Internet que é ainda mais “conectada” que o Google Android.
No geral, o SO é bastante atraente – com ícones bonitos, uma barra de tarefas com 5 aplicativos e um sistema de menu de três telas que comporta todos os seus aplicativos. A parte do telefone sob a tela é uma área de gestos, a qual você pode usar para voltar uma tela (passada pra esquerda) ou abrir aplicativos a partir da bandeja (passada para cima na tela). Os demais gestos são os mesmos que no iPhone, exceto o conceito da passada de um aplicativo para cima, fora do telefone, para fechá-lo.
Pena que a tela inicial é um tremendo espaço desperdiçado. Não há nada lá além dos cinco aplicativos na parte inferior. A ideia principal da Palm era manter aquela área livre; livre para que você pudesse fazer os gestos pelas “cartas” dos aplicativos com as coisas que você tem abertas, livre para você abrir uma Busca Universal só pela digitação e livre para você abrir o telefone colocando o seu dedão gordo na tela. Mas isto significa que você só pode abrir rapidamente cinco aplicativos a partir da tela inicial, forçando você a ir para o launcher (+1 clique) ou começar a digitar o nome do aplicativo que você quer e torcer para a Busca Universal o abrir (+ uma porrada de cliques).
Há algumas características particularmente louváveis. As pequenas barras de notificação na parte de baixo do telefone para novos e-mails, mensagens de texto, ações do sistema e mudanças de música são maravilhosas e podem ser colocadas de lado com uma passada de dedo. A passada é também ligeiramente diferente que no iPhone, permitindo que você apenas delete itens da lista sem ter que dar confirmação. A fonte usada para os e-mails também parece gorda e generosa sem ser excessivamente grande e permite a visualização simultânea dos mesmos cinco e-mails como no iPhone.
Muito tempo e carinho e excelentes ideias foram investidos neste SO
A discagem é onde a dependência da Palm na Busca Universal passa a ser uma dependência excessiva na Busca Universal. Para ligar para um contato, você precisa ou abrir o aplicativo de contatos e manualmente rolar a tela até a pessoa que você quer (não há atalho alfabético) ou começar a digitar. Assim, quando você tem centenas de contatos, a sua única escolha razoável é usar a busca. Não tem nem uma tela de “favoritos” de qualquer espécie; a Palm só fornece um recurso retrô de discagem rápida com o qual você pode mapear os números a umas teclas em particular no teclado – uma solução atrapalhada para a discagem rápida.
Falando em Busca Universal, ela de fato funciona muito bem. É o mesmo conceito do iPhone 3.0, buscando pelos contatos, aplicativos, Google, Google Maps, Wikipédia e Twitter para o que você estiver digitando. A busca é de fato mais veloz que a busca do iPhone, mas apenas porque você não precisa buscar e-mails e entradas de calendário ou pelas suas músicas. Ou seja, a parte “Universal” da Busca Universal não é tão universal assim.
A Busca Universal para contatos funciona bem
Implementação datada de discagem rápida
A sincronização com o Facebook e o Google Contacts via Synergy funciona de maneira maravilhosamente perfeita e junta os contatos de ambos os serviços para você não ter contatos duplicados espalhados por aí. Uma junção manual ou uma separação manual consegue solucionar quaisquer peculiaridades desta função facilmente. O Synergy também combina as suas conversas de SMS e IM em uma única janela, assim você pode tranquilamente mandar uma mensagem de texto para alguém e depois trocar para o comunicador instantâneo quando este alguém chegar ao seu computador. O Synergy é basicamente apenas uma maneira fácil de certificar-se de que os serviços como o Google baixem os seus dados (Contacts e Calendar) automaticamente para o seu telefone.
Sincronização com Facebook e Google mantém você conectado, mas pode encher o seu telefone com um monte de gente que você não conhece de fato
Muito se falou sobre a capacidade multitarefa do Pre, e não foi sem razão. Funciona. Abrir um novo aplicativo é apenas uma questão de apertar o botão Center (o botão cinza na parte da frente) e abrir algo do launcher ou da bandeja. O novo aplicativo se abre como uma nova carta, empurrando os seus programas já abertos para a lateral. Apertar o botão Center novamente faz abrir todas as suas cartas, daí você pode passar por elas para encontrar o aplicativo que você quer. Ao passar a carta para cima e para fora da tela, você fecha o aplicativo.
Abrir múltiplos aplicativos simultaneamente realmente retarda o telefone o suficiente para ser notável. De fato, se você estiver fazendo algo particularmente mais pesado, você realmente notará a sua música gaguejar, coisa que nunca percebemos no iPhone. Nunca. O problema de permitir que você abra muitos aplicativos ao mesmo tempo é que você precisa se policiar para fechá-los quando eles não estão em uso. Mas sem dúvida vale a pena. Poder ver um PDF, depois passar para o Messaging para responder uma mensagem de texto, depois para o Music e trocar de música, depois para o e-mail e enviar um rapidinho – isso sim é computação.
Multitarefa funciona bem, mas depende de você descobrir o limite de aplicativos que o seu telefone suporta
O interessante é que abrir aplicativos precisa de um clique extra já que você abre o Launcher e o Launcher em si só tem três páginas de aplicativos para usar. É melhor que uma página bem longa como no Android, mas não tão generoso quanto as 9 páginas do iPhone. O clique extra não parece ser muito, mas ao longo de dois anos que você vai ficar com o telefone, serão muitos segundos perdidos com cliques extras.
A Palm fez um dos primeiros equívocos no design da interface com o usuário ao não ter texto sob os ícones na barra Quick Launch, fazendo com que você precise adivinhar qual é o aplicativo. A boa notícia é que você pode trocar os aplicativos pra dentro e pra fora do Launcher, assim você provavelmente saberá quais são estes aplicativos, já que foi você que os colocou lá.
Além disso, o próprio ato de abrir o aplicativo é um pouco frustrante: quando você clica no ícone, o Launcher desaparece e tudo o que você vê é a tela inicial, como se você tivesse feito algo de errado. Você não sabe se o seu aplicativo abriu direito até ele ter aberto de fato. Ver uma tela inteiramente vazia ou algum tipo de tela espalhafatosa antes do aplicativo estar rodando (como o iPhone, mais uma vez) seria uma solução melhor.
O Launcher só possui três páginas e requer muita rolagem para encontrar o aplicativo
O Quick Launch da tela inicial só comporta cinco aplicativos, mas você pode customizá-los
Música e vídeos, por outro lado, são manipulados muito bem. As horas-homem extras gastas para fazer com que o Pre fingisse ser um iPod para sincronizar o iTunes valeram a pena. Todos os arquivos apropriados, com seus metadados, compensam tudo perfeitamente; as playlists também. Os vídeos aparecem no aplicativo Videos e os seus arquivos de música podem ser buscados e classificados de dentro do aplicativo Music. O que parece não ser suportado são as ratings ou as play counts no iTunes. E apesar de você poder selecionar a caixa no iTunes para iniciar a sincronização do Calendar/Contact com o Pre, eles não vão de fato para o telefone.
Ou seja, não é uma implementação perfeita. As trilhas DRM do iTunes não são sincronizáveis, é lógico, e você precisa deixar o aplicativo Music aberto o tempo todo, no fundo, para que suas músicas sejam tocadas. Este conceito parece ser mais do que óbvio no seu PC, mas é um tanto quanto bizarro no seu telefone. Você vai acidentalmente fechar o seu aplicativo Music por diversas vezes, pode apostar.
Quanto ao vídeo, ele é essencialmente o que você imaginaria que um player de vídeo básico fosse, suportando MPEG4, H.263, H.264, MP4, M4V, 3GP, 3GPP, 3G2 e 3GP2 – mais codecs de vídeo que o iPhone (ó surpresa), mas não mais que outros telefones desta categoria. Ele faz o serviço como deve, tem redimensionamento de razão de aspecto, mas não é nada muito especial.
Se a Palm continuar garantindo a capacidade de sincronização com iTunes, facilitará a transição para as pessoas com grandes coleções no iTunes.
Resumo de aplicativos:
• O Google Maps é de fato melhor no Pre do que no iPhone, carregando os quarteirões e rolando melhor e mais tranqüilo do que estamos acostumados
• O Sprint Navigator (da TeleNav) é um excelente port do mesmo programa que você vê em outros telefones – o GPS funciona que é uma beleza, como no Google Mpas
• Doc View e PDF View são visualizadores suficientemente bons de Word e PDF
• Tem um despertador, mas nenhum cronômetro nem hora mundial; você pode baixar um aplicativo Weather para ver o clima a partir do App Catalog
• O visualizador de fotos funciona como no iPhone, com gestos de passadas, e pode carregar diretamente da sua conta no Facebook
• O navegador funciona com o último build WebKit e é bem rapidinho; há de ser tão bom quanto o navegador do iPhone 30, já que ambos usam WebKit
• O Backup funciona de forma bem parecida com o My Phone da Microsoft, armazenando seus contatos, calendário e tarefas, além de configurações de aplicativos e sistema no seu perfil Palm; isto vem com o telefone e é útil caso você precisa apagar tudo ou substituir um teleone
• A qualidade do YouTube é tão boa quanto é qualquer outro telefone, mesmo aparentemente levando um pouco mais de tempo para carregar os vídeos no Pre
Os aplicativos próprios da Palm são bons
O App Catalog é bastante básico agora no lançamento, com Pandora, Sudoku, Accuweather, AP/NYT, o emulador Classic Palm OS, Connect 4, Spaz (cliente Twitter), Tweed (outro cliente Twitter), um aplicativo Stocks e diversos outros utilitários. As suas respectivas telas de download têm amplas informações, incluindo links para a página do desenvolvedor e páginas de suporte, além de avaliações e reviews. Uma vez baixado, o aplicativo se comporta como qualquer outro aplicativo nativo no Pre e pode ser usado em multitarefa perfeitamente.
Todos os aplicativos no catálogo por ora foram feitos por desenvolvedores com associação mais próxima com a Palm, assim eles têm acesso às bibliotecas nativas. Por que eles não abriram o SDK e permitiram que todos usassem as bibliotecas nativas em vez de tecnologia de web como HTML/Javascript? Eu não sei. Quando falamos de aplicativos, a ausência de SDK aberto é o motivo pelo qual o Pre é no momento inferior ao iPhone ou Android. Sob este plano, nós teremos uma pequena percentagem de bons aplicativos e um monte de aplicativos que não aproveitam todo o potencial.
O App Catalog já possui um punhado de aplicativos decentes, mas o fato de a Palm estar alocando apenas desenvolvedores de confiança para escrever softwares para o Pre não é um bom sinal
Agora às reclamações miscelâneas. A ausência de um botão direcional no telefone força você a sempre clicar onde você quer, mesmo que o item esteja apenas um ponto abaixo do item selecionado no momento. Copiar e colar só funciona nos campos de texto onde você pode escrever, não quando está lendo e-mails ou SMS ou mesmo páginas da web.
VEREDICTO
Pense assim: o software é ágil, inteligente e capaz. O hardware, por outro lado, é um perigo. Se a Palm pudesse arranjar outra pessoa para projetar e construir seu hardware – de preferência alguém que tenha mãos e possa sentir como é um telefone quando usado fisicamente – este telefone haveria de ser um dos melhores telefones no mercado.
Eu estou cansado do iPhone. O design e a funcionalidade principais permaneceram os mesmos pelos últimos dois anos, e como o 3.0 é apenas mais do mesmo, a menos que haja alguma surpresa em junho agora, este será mais um ano dos mesmos velhos ícones e passadas de dedos e apertadas. Está na hora de algo diferente. O Pre pode ter o hardware pior que o G1/G2, mas o conjunto todo – o software e o hardware – não é ruim. É bom. É diferente. Isto é algo que podemos experimentar. Eu mal posso esperar pelo que a Palm vai fazer na próxima fornada.
Impressionante início para um SO que há de formar a base para diversos telefones de qualidade no futuro
Qualidade do hardware deixa a desejar e passa a sensação de ser frágil e plástico demais quando comparado com o G1, G2 e o iPhone.
Mais: nosso guia definitivo do Palm Pre e FAQ