Os Kindles, da Amazon, dominam o mercado de e-readers de tal forma que algumas pessoas não fazem ideia da existência de marcas concorrentes — como Levi e Kobo. Há três versões: o Kindle, versão de entrada com recursos básicos; a Paperwhite, um modelo intermediário mais caro, mas com melhor tela e alguns recursos extra; e o Oasis, a versão premium e consideravelmente mais cara que as duas primeiras.
No segundo semestre de 2021, a Amazon anunciou o Kindle Paperwhite Signature Edition, um e-reader intermediário, mas com recursos que não o deixam tão distante do Oasis, o carro-chefe dos leitores digitais da empresa. O Gizmodo Brasil testou o produto — e, abaixo, você pode conferir as nossas impressões.
Visão geral
A primeira coisa que chama a atenção é que o dispositivo é bem leve e fácil de manusear. O “Signature Edition” conta com um peso de 208 g, segundo com informações da Amazon, e possui acabamento que é exatamente igual ao Paperwhite padrão, com bordas arredondadas, logo “Kindle” na parte inferior e logomarca da Amazon entalhado na parte traseira. A diferença em relação a versão standard é o sensor, bem visível, posicionado na parte superior do leitor digital — mas vamos falar sobre ele em um outro momento.
Apesar de leve, não imagine que usar o Kindle seja uma experiência parecida com a de mexer em um smartphone. Como ele é bem maior que o normal, é necessário usar as duas mãos para ter mais tranquilidade e firmeza durante suas leituras.
A Amazon afirma utilizar materiais recicláveis na composição do e-reader, uma iniciativa interessante para diminuir a quantidade de lixo no planeta. Ele não aparenta ser um aparelho frágil, mas para evitar danos à estrutura ou sua tela, o ideal mesmo é investir em uma capa protetora. Além disso, o Signature Edition tem classificação IPX8, de resistência à água, podendo ficar até uma hora submerso em uma profundidade de até 2 metros.
O leitor apresenta um botão power ao lado de uma porta USB-C para carregamento, o que é muito útil e possibilita a utilização de carregadores de outros dispositivos, como smartphones ou tablets, que o usuário já tenha em casa. Na caixa, além do e-reader, vem um cabo do tipo USB-C e um manual com algumas informações sobre os primeiros passos.
Tela
A tela do Kindle Paperwhite Signature Edition é de 6,8 polegadas com tecnologia antirreflexo. Como já é tradicional dos e-readers da Amazon, a tela é muito confortável para leitura e a experiência é bem parecida com ler em papel de verdade. Mesmo nos níveis mais elevados de brilho, a experiência fica longe de ser desconfortável.
O ajuste de brilho é fundamental para situações em que o usuário está em ambientes com excesso ou pouca de luz. O Signature Edition possibilita que o usuário possa regular este parâmetro manualmente ou configurar para que o ajuste seja feito automaticamente. E é aí que entra o tal sensor, que mencionei no início do texto.
O sensor detecta a luminosidade do ambiente e faz uma regulagem automática do nível de brilho da tela do dispositivo. Anteriormente, essa funcionalidade estava presente apenas no Oasis. Outro recurso que só tinha no leitor topo de linha da empresa é o ajuste de temperatura da luz, que, conforme for aumentando, deixa as cores brancas com um tom mais amarelado. Isso entrega mais conforto, principalmente para quem gosta de ler um pouquinho antes de dormir.
Autonomia de energia e carregamento
Segundo a Amazon, a bateria do smartphone é capaz de durar até dez semanas. O leitor pode ser carregado de 0% a 100% em pouco mais de duas horas, quando conectado a um adaptador de tomada de 9 W de potência. Conectado diretamente à entrada USB de um computador o tempo de carregamento é bem maior, podendo até ultrapassar as cinco horas.
Com o adaptador de tomada próprio, ele fica completamente carregado em 3h30, de acordo com a fabricante. Um recurso muito interessante deste e-reader é o suporte para carregamento sem fio, funcionalidade que nem mesmo o Oasis possui, mas que muito provavelmente deve ter em suas futuras versões.
Armazenamento
Um super upgrade em relação ao Paperwhite padrão é o armazenamento interno, que é quatro vezes maior, 32 GB, a mesma memória disponível no Kindle Oasis. Isso tudo é mais do que suficiente para armazenar livros digitais e todo o tipo de arquivo suportado pelo dispositivo (AZW3, AZW, TXT, PDF, MOBI, PRC nativo, HTML, DOC, DOCX, JPEG, GIF, PNG e BMP).
Paperwhite “comum” ou Signature Edition?
A linha Paperwhite é conhecida por entregar melhor “custo x benefício”, mas o Signature Edition é quase R$ 200 mais caro que a versão padrão. Vale a pena comprar?
O Kindle Paperwhite Signature é, indiscutivelmente, um excelente e-reader, mas recursos como ajuste de brilho automático ou 32 GB de armazenamento não são exatamente indispensáveis. É perfeitamente possível ter uma experiência satisfatória com o Paperwhite “normal”, que dificilmente deixará o usuário na mão — já que recursos essenciais, como bateria de longa duração, ajuste de intensidade de brilho e acesso a rede de internet sem fio estão presentes.
Agora, caso o usuário esteja buscando mesmo uma experiência mais próxima do premium, o Signature Edition pode ser interessante, já que possui todos os recursos do Oasis — com exceção da tela, que é menor, e dos botões de troca de página nas laterais — e é bem, bem mais barato — aproximadamente R$ 450 mais em conta.
Animou com a ideia de ter um Kindle mais potente? Abaixo, listamos duas ofertas da Amazon. Vale o disclaimer: como todo link para sites parceiros, em caso de compra, o Gizmodo Brasil ganha um percentual do valor.
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Kindle Paperwhite Signature Edition
Kindle Paperwhite Signature Edition: 32 GB, à prova d’água, carregamento sem fio e luz...O Giz Brasil pode ganhar comissão sobre as vendas. Os preços são obtidos automaticamente por meio de uma API e podem estar defasados em relação à Amazon.