Tecnologia

Review: Samsung Galaxy M55 é promissor, mas limitado

O Giz Brasil testou o modelo Galaxy M55 por alguns dias para conferir as novidades do celular de nova geração da popular linha “M”.
Imagem: Samsung/Reprodução

No final de março, a Samsung atualizou seu portfólio de smartphones intermediários com o Galaxy M55 que, assim como o Galaxy A55, busca conciliar alguns elementos visuais dos flagships da marca — os aparelhos da linha “S” –, mas com um preço mais acessível.

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Populares principalmente em mercados emergentes, os dispositivos são direcionados a quem está presente no universo digital, constantemente realizando publicações em redes sociais. Por este motivo, conta com elementos interessantes para este público, como um conjunto de câmeras bastante atrativo.

O Giz Brasil teve a oportunidade de testar o modelo Galaxy M55 por alguns dias. Assim, foi possível conferir as novidades que a nova geração da popular linha “M” trouxe para os brasileiros.

Logo no início, é importante destacar que o smartphone chega de fábrica com o Android 14 e, segundo a sul-coreana, tem garantidos quatro anos de atualizações de sistema. Ou seja, suporte até o Android 18, e cinco anos para atualizações de segurança, o que é fundamental para manter os clientes protegidos contra a ação de criminosos cibernéticos.

Design

Recentemente, publicamos um review do Galaxy A55, lançado pela empresa algumas semanas antes. Nele destacamos o visual “premium”, que apresenta uma tampa traseira em vidro, o que é bastante incomum para smartphones do segmento intermediário.

No M55, por sua vez, não há um acabamento tão refinado ao ponto de remeter aos aparelhos de mais alto nível. Na realidade, o dispositivo apresenta um design “padrão” para a faixa de preço. Por outro lado, a silhueta e o alinhamento vertical do conjunto triplo de câmeras lembra um pouco os queridinhos da família “S”.

A traseira é em plástico com um acabamento fosco. Isso pode agradar bastante aos usuários que odeiam as marcas de dedo deixadas em outros materiais, como o vidro, por exemplo. A depender da movimentação, a traseira pode apresentar uma pequena variação de cor, o que deixa o celular um pouco mais atraente.

As laterais também não carregam elementos marcantes. Elas são planas e sem destaque especial para a área com botões de “liga/desliga” e “volume”, que no Galaxy A55 é um pouco mais pronunciada, no que acabou uma das características de design do modelo.

Tela

Se você, caro leitor, tem acompanhado nossos últimos reviews de produtos Samsung, provavelmente notou como temos reiteradamente elogiado os displays dos aparelhos da marca. Até mesmo nos mais “acessíveis”, a empresa não tem economizado na qualidade do componente, que é essencial para a interação com os recursos do smartphone.

No Galaxy M55, isso se repete mais uma vez. O modelo apresenta um display com tecnologia Super AMOLED de 6,7 polegadas, com resolução Full HD+ e uma taxa de atualização de até 120 Hz, que garante uma experiência bastante fluida e durante o uso.

Na prática, os usuários vão desfrutar de cores vívidas e nítidas, além de ótimos níveis de brilho em contraste. Para quem costuma consumir conteúdo audiovisual diretamente no smartphone, é importantíssimo que as imagens exibidas tenham alta qualidade para ajudar na imersão.

Fazendo uma breve comparação com o modelo A55, o aproveitamento de tela no M55 parece um pouco maior. As bordas estão longe de serem imperceptíveis, mas elas são bem menos aparentes, o que contribui para trazer uma ar de maior elegância na parte dianteira do dispositivo.

Desempenho

Ao invés de apostar em um chip próprio para o mercado brasileiro, a Samsung optou por trazer os dispositivos com um processador Qualcomm Snapdragon 7 Gen 1, que equipa alguns celulares do segmento, como o Xiaomi 13 Lite e o Motorola Razr 40.

O chip tem oito núcleos, sendo quatro de performance e quatro de eficiência, além da GPU integrada Adreno 644. O dispositivo está disponível nas principais varejistas do mercado brasileiro em apenas uma versão com 8 GB de memória RAM e 256 GB de armazenamento interno.

Como um representante do segmento intermediário, o celular tem hardware preparado para tarefas cotidianas, como acesso a aplicativos de redes sociais, pesquisas e ligações, por exemplo. E, embora a experiência seja fluida na maior parte do tempo, em algumas tarefas mais exigentes ele começa a demonstrar alguns claros sinais de limitação.

Games como “Call of Duty Mobile” ou “PUBG Mobile” além de não rodarem 100% “lisos”, apresentam alguns problemas de desempenho. Isso faz o aparelho esquentar um pouco, o que torna a experiência de jogar games mais exigentes bem incômoda.

Câmera

Um dos principais destaques do material de divulgação do produto está na bastante incomum câmera frontal de 50 MP. Para fins de comparação, o sensor para selfies do Galaxy A54, do ano passado, era de 32 MP. Ou seja, melhorou consideravelmente na nova geração.

Este é o principal destaque do conjunto de câmeras, que sofreu um “downgrade” no sensor traseiro principal, que era de 108 MP no modelo anterior e agora é de 50 MP. O dispositivo ainda ostenta sensores ultrawide de 8 MP e Macro de 2 MP, exatamente as mesmas especificações do modelo anterior.

Os resultados em fotos e vídeos não empolgam muito e, na verdade, podem ser até um pouco decepcionantes, ainda mais considerando o preço sugerido do produto em seu lançamento: R$ 3.199. A maior parte dos resultados apresentou um aspecto um pouco “desbotado” mesmo em ambientes com boa iluminação.

É importante destacar também que, logo após o lançamento, alguns usuários reclamaram de bugs no aplicativo de câmera do dispositivo tanto na captura de fotos, quanto na gravação de vídeos. Algo que não é comum mesmo nas linhas de entrada da sul-coreana, que tem valores bem mais baixos.

Bateria

Outro ponto que também decepcionou nesta versão foi a capacidade de armazenamento de energia. O Galaxy M55 conta com bateria de 5.000 mAh — o que está longe de ser ruim. Entretanto, está abaixo dos 6.000 mAh do Galaxy M54, um dos campeões de autonomia de energia de 2023.

Uma das principais críticas do modelo anterior era que, mesmo com bastante bateria, o consumo era um pouco acima da medida em relação aos celulares da mesma categoria. Na nova versão, o rebaixamento na capacidade é para quem usa o celular com bastante frequência. Além disso, com o brilho da tela em níveis mais altos, pode ter que recarregar com maior frequência.

Vale a pena?

No momento em que este review foi escrito, o Samsung Galaxy M55 está ainda bem mais barato que os R$ 3.199 sugeridos em seu lançamento. Em portais de e-commerce de algumas varejistas brasileiras, o smartphone pode ser adquirido por preços promocionais que começam em R$ 2.500, o que já o torna um pouco mais atrativo.

Um dos pontos positivos do modelo é a larga janela de suporte para atualizações de sistema e segurança, fator que aumenta a vida útil do smartphone. Normalmente, apenas aparelhos topo de linha recebem suporte mais amplo, mas é extremamente positivo que a gigante sul-coreana esteja trazendo esta lógica também para os intermediários da marca.

O Galaxy M55 é um intermediário que cumpre bem seu papel. Isso, claro, quando se trata de tarefas corriqueiras e que não exijam tanto do processamento, mas está longe da perfeição. Ele perde um pouco para outros dispositivos do mesmo segmento, como o Galaxy A55, por exemplo, em alguns aspectos como no acabamento. Além disso, neste momento, o software de câmera do irmão da “linha A” aparenta estar um pouco mais estável e apresentando menos erros.

Vinicius Marques

Vinicius Marques

É jornalista, vive em São Paulo e escreve sobre tecnologia e games. É grande fã de cultura pop e profundamente apaixonado por cinema.

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