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Ridley Scott defende figura de “Napoleão”: “o seu caráter me interessa como cineasta”

Filme estreia em 23 de novembro no Brasil, e quer retratar aspectos menos explorados do líder francês - como sua veia romântica, por exemplo

Napoleão

Napoleão Bonaparte chegará às telas de cinema em 2023 em um filme do diretor Ridley Scott — que dirigiu longas como “Alien”, “Blade Runner” e “Gladiador”. 

O filme “Napoleão” estreia dia 23 de novembro. Joaquim Phoenix, vencedor do Oscar de Melhor Ator de 2020 com “Coringa”, interpreta o líder francês.

Segundo o diretor, mesmo com as situações controversas envolvendo em cima da figura histórica, é possível encontrar outras maneiras de explorar sua personalidade. Como o quão apaixonado Napoleão era, por exemplo.

“Eu acredito que uma das razões pelas quais as pessoas ainda se sentem fascinadas por Napoleão é porque ele era extremamente complexo. Não há uma maneira fácil de definir sua vida. Você pode ler uma biografia para saber os fatos que aconteceram, mas o que me interessa como cineasta é seu caráter: ir além da história e adentrar em sua mente.”

Ridley Scott

No trailer, aparecem alguns momentos históricos, como a polêmica autocoroação de 1804 feita na catedral de Notre-Dame de Paris.

 

“A pessoa que vimos comandar seu caminho até o trono da Europa, o gênio da tática [de guerra], transforma-se nesse homem pequeno e impotente, que está completamente apaixonado pela mulher ao seu lado no sofá, admitindo que não é nada sem ela.” 

Ridley Scott

Napoleão Bonaparte chegou ao poder em 1799, com o Golpe de 18 de Brumário, que pôs um fim na Revolução Francesa. Mas foi a mudança na constituição da França, em 1804, que lhe deu o status de imperador.

O movimento pode ser considerado uma contradição, já que o próprio Napoleão já foi da artilharia republicana francesa, anos após a queda da monarquia.

Imagem: Sony Pictures Brasil/Reprodução

O produtor Mark Huffam revelou que a controvérsia acerca do título imperador é o ponto de partida para o filme.

“Napoleão fez coisas grandiosas pela política e pelo homem comum. Ele tornou possível que qualquer pessoa se tornasse um general ou político, em vez de apenas membros da aristocracia. Mas, é claro, ele foi um ditador, e o sangue em suas mãos é horrendo. Essa balança é algo que queríamos explorar ao fazer o filme.” 

Mark Huffam

Josephine Bonaparte, o grande amor de Napoleão, será interpretada por Vanessa Kirby (“The Crown”). O filme ainda tem no elenco Tahar Rahim, Ben Miles, Ludivine Sagnier, Matthew Needham, Youssef Kerkour, Phil Cornwell, Edouard Philipponnat, Paul Rhys, John Hollingworth, Gavin Spokes e Mark Bonnar.

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