Em 2009, um avião da Air France que ia do Rio de Janeiro para Paris caiu no Oceano Atlântico, matando 228 pessoas. Desde então, Brasil e França procuram a caixa-preta do avião, perdida no meio do oceano, para entender o porquê do acidente – até hoje não explicado. Eis que um robô submarino a encontrou – parte dela, pelo menos. Mas por que essa caixa-preta é laranja?
Já falamos sobre caixas-pretas antes: elas são feitas de aço ou titânio, são pintadas de laranja ou vermelho para ficar mais fácil encontrá-las, e cada “caixa” na verdade é um cilindro – um deles grava a voz dos pilotos, e outro grava os dados do voo. O robô submarino encontrou só o cilindro com os dados; a “caixa” com a voz dos pilotos ainda está no oceano.
O Estadão fez este infográfico para mostrar as condições das buscas no meio do oceano. Os destroços do voo estão a quase 4km de profundidade, onde impera a escuridão total no oceano. A área de buscas também é enorme: são 120.000m² a explorar, o equivalente a 17 campos de futebol. Mas esta já é a quinta fase de buscas: na fase anterior, quando foram descobertos os destroços do avião da Airbus, a área de buscas era de 17.000km² – área 140.000 vezes maior que a atual. Então não é surpresa que a caixa-preta tenha sido encontrada só quase dois anos depois do acidente.
Foi o BEA, órgão francês encarregado de investigar o acidente, que encontrou um dos cilindros. Segundo o órgão, a caixa-preta está em bom estado, mas pode ser que os dados da caixa-preta não estejam intactos o suficiente. O BEA espera extrair os dados de caixa-preta daqui a até 10 dias, tempo necessário para um navio da Marinha ir buscar o cilindro e voltar à França. [Info e Estadão]