Um repórter da revista Time recentemente recebeu a ligação de uma mulher chamada Samantha West que queria falar sobre seguro de saúde. Quando o repórter perguntou se ela era um robô, a mulher riu e disse: “Eu sou uma pessoa real. Você está me ouvindo bem?”
O chefe do escritório da Time em Washington, Michael Scherer recebeu a primeira ligação de Samantha em seu celular e embora a voz soasse como a de uma pessoal real, ele rapidamente deduziu que certamente se tratava de um robô.
Scherer e seus colegas ligaram de volta para o número várias vezes e fizeram algumas gravações. O robô realmente consegue manter uma conversa e partes dela são até convincentes – ela ri com naturalidade e tem algumas respostas diferentes para quando a palavra “robô” é mencionada.
Mas, de acordo com a Time:
“Ela falhou em vários outros testes. Quando se pergunta “Qual é o vegetal encontrado na sopa de tomate?”, ela diz que não entendeu a questão. Quando se pergunta várias vezes que dia da semana foi ontem, ela se queixa repetidamente de que a ligação está ruim.”
A Time publicou o número de telefone do robô e depois de um tempo as ligações começaram a ser desviadas para um sinal de ocupado. Mas antes disso as ligações chegavam a um humano, que dizia ser Bruce Martin da Premier Health Plans, Inc., uma empresa de planos de saúde. Ele negou que Samantha tinha ligação com a empresa e embora inicialmente tenha pedido à Time para divulgar sua empresa no artigo, seu site rapidamente saiu do ar.
Mas essa ainda não é a parte mais interessante.
Um repórter do Atlantic tentou descobrir qual era a tecnologia utilizada. Alexis Madrigal conversou com empresas que fazem softwares de voz interativa e todas disseram que somente um programa seria capaz de atingir o nível de conversação de Samantha. Madrigal concluiu que a tecnologia que faz com que um robô converse casualmente ainda não existe de verdade – é mais uma artimanha no estilo de Curtindo a Vida Adoidado (quando Ferris Bueller engana o diretor com um diálogo gravado).
A conclusão do repórter é de que essas chamadas eram feitas por pessoas que não têm fluência em inglês ou que tenham sotaque muito carregado. Então elas usariam um sistema de frases pré-gravadas para poder “conversar” com o possível cliente. Mas nem isso é uma certeza. Quando o repórter conseguiu finalmente falar com uma voz humana no número de Samantha, a ligação foi cortada.
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