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Roteiro de novela: bilionário francês quer doar herança para ex-jardineiro

Nicolas Puech, herdeiro bilionário da Hermès, quer "adotar" homem de 51 anos para deixar fortuna; entenda por quê

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Após o bilionário norte-americano Warren Buffett anunciar o desejo de doar 99% de sua fortuna para a caridade, o francês Nicolas Puech, de 80 anos, quer adotar seu ex-jardineiro, de 51 anos, e deixar parte de sua herança para ele. A informação é do jornal suíço Tribune de Genéve, e mais parece ter saído de um roteiro de novela.

Com um patrimônio líquido de cerca de US$ 11,3 bilhões (aproximadamente R$ 55 bilhões), de acordo com a Forbes, o homem é herdeiro da marca de luxo Hermès. Ela é famosa por seus produtos de couro, seda e perfumes. Em 2014, Puech deixou o conselho de supervisão da gigante de luxo e hoje vive uma vida privada.

Solteiro e sem filhos, Puech fez, anteriormente, um contrato com sua instituição de caridade, a Fundação Isócrates, de apoio ao jornalismo e à sociedade civil, para quem deixaria sua fortuna. No entanto, ele mudou de ideia e decidiu doar metade de sua riqueza ao seu ex-jardineiro e “faz-tudo”.

Doação ou jogada?

A instituição, claro, desaprovou a ideia. Em um comunicado, a entidade diz que “do ponto de vista jurídico, a anulação abrupta e unilateral de um acordo de sucessão parece nula e infundada”. Contudo, o contrato com a fundação inclui uma cláusula que garante que, caso o bilionário tivesse um filho, ele teria direito a 50% da herança.

Dessa forma, Nicolas Puech decidiu adotar o jardineiro. Caso a adoção aconteça, o herdeiro ganhará o total de US$ 5,6 bilhões (R$ 27,5 bilhões). Entretanto, é possível que o anúncio da adoção seja apenas “uma jogada dos advogados”. O movimento seria uma forma de pressionar a Fundação a abrir mão de uma parte menor da herança.

Em entrevista à Fortune, o advogado do herdeiro, Jörn-Albert Bostelmann, disse que pode realizar uma coletiva de imprensa. O objetivo seria “separar o fato da ficção e dissipar alguns dos disparates que foram relatados nos meios de comunicação”, segundo ele.

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