Rotina de caminhadas diminui risco de “Alzheimer” em cachorros; entenda

Estudo com mais de 15 mil cães apontou que os animais menos ativos eram 6,5 vezes mais propensos a ter demência do que aqueles muito ativos. Veja como diagnosticar a doença
Caminhada diária diminui risco de demência em cães
Imagem: Michael/Unsplash/Reprodução

Assim como os humanos, os cães também podem desenvolver demência. A disfunção cognitiva canina, como é chamada, assemelha-se ao Alzheimer – doença neurodegenerativa que ocasiona alterações comportamentais, cognitivas, entre outras.

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Washington, nos EUA, sugere que o problema é mais comum para cães idosos, principalmente para aqueles com mais de dez anos de idade. Porém, pode ocorrer em animais a partir dos seis anos, embora isso seja mais raro. 

A equipe analisou dados de mais de 15 mil cachorros que compõem o “Dog Aging Project”, um programa que tem como objetivo estudar a saúde de cães ao redor do globo. Então, os cientistas concluíram que, após os dez anos de idade, o risco do cão desenvolver demência aumenta 50% a cada novo ano de vida. 

Além disso, os cientistas observaram que os cães menos ativos eram quase 6,5 vezes mais propensos a ter demência do que cães muito ativos. O estudo completo foi publicado na revista Nature.

Não dá para dizer com certeza que o exercício regular protege os cachorros contra a demência. De toda forma, a atividade física já foi associada a redução de riscos de doenças neurodegenerativas em humanos, o que significa que as caminhadas poderiam beneficiar tanto o pet quanto o tutor. 

Diagnosticar a demência em cães não é tarefa fácil. O que os tutores podem fazer é observar o comportamento do animal e, caso sejam notadas mudanças, procurar por um médico veterinário. 

Cachorros com demência costumam se perder dentro de casa, ficam presos atrás de móveis – pois esquecem como andar para trás – e podem fazer as necessidades fora do local indicado.

Os pets também podem ficar menos amigáveis com outros animais de estimação, buscar menos carinho do dono e dormir por mais tempo durante o dia. 

Não há tratamento para o problema, embora possam ser usados alguns medicamentos para ajudar a reduzir os sinais da doença e melhorar a qualidade de vida do cão. Por enquanto, os passeios parecem uma alternativa prática para tentar evitar o problema.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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