Como o rugido do novo Godzilla consegue assustar tanto quanto o original
O clássico rugido do Godzilla é um dos aspectos mais assustadores do monstro japonês, desde sua primeira aparição no cinema em 1954. E para a readaptação americana deste ano – que se esforça para não repetir os muitos erros do filme de 1998 – este som foi reimaginado, sem perder a referência do original.
Erik Aadahl, designer de som do novo filme, conta à Wired como ele criou o novo rugido. Primeiro, ele o dividiu em três partes: um chiado metálico, um estrondo que faz tremer a terra, e um som final mais profundo.
“Temos o RRAAAAAAAAH do ataque e depois um OWWWOOO-WOOMF”, diz Aadahl. Para entender melhor, confira o vídeo abaixo:
O som original, do filme de 1954, foi criado pelo compositor Akira Ifukube: ele arrastou uma luva coberta em resina nas cordas de um contrabaixo, e depois reproduziu o som em velocidade menor.
Mas para o novo filme, a técnica foi bem diferente. Da Wired:
Aadahl e [o codesigner Ethan] Van der Ryn colocaram gelo seco em uma abertura de metal que vibrava e gritava à medida que o gelo sublimava. “Nós reforçamos este som com um pouco de sons de rochas sendo trituradas”, diz Aadahl. Para o final do rugido… “nós arrastamos uma caixa de madeira gigante em um piso encerado”.
O diretor Gareth Edwards também conversou com a Wired, e contou todas as medidas tomadas para evitar que seu filme fosse um fiasco tão grande quanto o Godzilla de 1998. Entre elas, estão: não copiar a fórmula do original, que personifica o medo de armas nucleares após Hiroshima e Nagasaki; incluir outros kaiju; e contar com a ajuda da empresa de cinema Toho, dona do personagem Godzilla.
E parece que deu certo: 85% dos críticos aprovaram o filme, segundo o Rotten Tomatoes. Nele estrelam, entre outros, Aaron Taylor-Johnson (Kick-Ass) e Walter White Bryan Cranston (Breaking Bad).
Godzilla estreia nos cinemas brasileiros em 15 de maio. [Wired]