Atualmente, os painéis solares de silício absorvem aproximadamente dois terços da luz que chega neles, mas um novo nanorrevestimento desenvolvido pelo Instituto Politécnico Rensselaer confere aos painéis solares a habilidade de capturar praticamente até a última gota de raio solar. Não só ele capta 96,2% dos raios solares, como também ele é capaz de captar a partir de qualquer ângulo, portanto não há necessidade de se despender energia deslocando mecanicamente os painéis para acompanharem o movimento do Sol no céu. Este é um excelente salto para a tecnologia solar, cuja busca pelo barateamento do processo tem sido longo e árduo.
Eu disse que é um revestimento, mas na verdade são sete, cada um deles tendo entre 50 e 100 nanômetros de espessura, feitos de nanovaretas de dióxido silício e dióxido de titânio que podem ser vaporizados e depositados sobre “praticamente qualquer material fotovoltaico”. O PhysOrg compara as nanovaretas espremidas a “uma densa floresta na qual a luz do Sol fica ‘capturada’ entre as árvores”. Não há notícias ainda sobre o emprego deste processo – não passou nem um ano desde a sua concepção teórica – mas tal eficiência significa menor custo para obter energia, o que significa que a energia solar estará mais viável que nunca como uma alternativa aos combustíveis fósseis.
Eu odeio parecer um daqueles fãs perturbados de Star Trek que acha que energia alternativa alterará radicalmente a maneira como vivemos as nossas vidas e nos ajudará a obter propulsão por impulso, sintenol e vestimentas spandex respiráveis, mas, falando sério agora, este é o tipo de descoberta que me atrai. [PhysOrg via Kurzweil AI]