Lançado em novembro em vários países e em dezembro no Brasil, o Samsung Galaxy Note tenta fazer o que não conseguiram antes: criar um intermédio entre smartphone e tablet. Eu imaginava que o mercado para celulares gigantes seria pequeno, mas olha só: a Samsung já distribuiu um milhão de Notes para operadoras e varejo, e ainda nem o lançou nos EUA.
Sempre há um receio quando fabricantes falam que distribuíram X milhões de aparelhos, porque isso não garante que os produtos foram realmente vendidos – eles podem estar juntando poeira em estoque. Mas em se tratando de smartphones, distribuir às operadoras é quase equivalente a vender aos consumidores. Afinal, o mercado de smartphones é bem-estabelecido o bastante, então as operadoras têm uma boa ideia da demanda para esses aparelhos – ao contrário de tablets, por exemplo.
Então um milhão de pessoas estão com um celular de 5,3 polegadas no bolso, ou na mão, ou… no rosto! Eu testei o Note (review em breve) e, na minha opinião, ele está mais para um smartphone grande que para um real intermédio entre celular e tablet. Tentar fazer coisas comuns em um tablet com Android – como navegar em versão desktop de sites, ou ler livros e revistas – não é confortável o bastante na tela de 5,3 polegadas. A bateria, que dura pouco, também não ajuda.
Mas como smartphone, o Note é bem incrível: tela maravilhosa de alta definição, que traz uma imersão não alcançada por outros aparelhos; hardware potente que arrasa em benchmarks; bom desempenho; e interface TouchWiz que em boa parte melhora o Gingerbread, com atualização para Android 4.0 prometida para o ano que vem. No Brasil, o Galaxy Note é vendido desbloqueado a partir de R$1.799. [Samsung Tomorrow via The Verge]