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Samsung, por onde anda o Galaxy X?

A Samsung lançou o Galaxy X (Nexus para os íntimos) de fininho no Brasil, e vários leitores dizem que não conseguem encontrar o aparelho, mesmo em grandes lojas de grandes cidades — mas o problema principal parece estar nas operadoras. Perguntamos a Michel Piestun, vice-presidente de telecom da Samsung, se o Galaxy X ainda tem chance […]

A Samsung lançou o Galaxy X (Nexus para os íntimos) de fininho no Brasil, e vários leitores dizem que não conseguem encontrar o aparelho, mesmo em grandes lojas de grandes cidades — mas o problema principal parece estar nas operadoras. Perguntamos a Michel Piestun, vice-presidente de telecom da Samsung, se o Galaxy X ainda tem chance no Brasil. Eis a resposta dele:

Basicamente, ele disse que o Galaxy X teve uma demanda maior que o esperado e será reposto. Ele não chamou o aparelho de sucesso ou algo do tipo: apenas disse que acabou, mas a Samsung trará mais. É o mesmo que disse Roberto Soboll, diretor de produtos telecom na Samsung.

E por que o Galaxy Note foi lançado com tanto alvoroço, enquanto o Galaxy X chegou sem muito destaque? Piestun diz que isso é normal em uma estratégia de marketing: ao trazer dois aparelhos top de linha, é preciso escolher um para ganhar destaque – e foi o Note. Soboll lembra que só 4-5% dos smartphones vendidos no Brasil custam R$1.000, então a Samsung precisa concentrar os esforços de lançamento high-end em poucos aparelhos. É uma teoria que circula por aí há tempos, e é bom ver a própria Samsung confirmar.

Outro fator, segundo Soboll: todos os smartphones — inclusive o Galaxy X — são fabricados no Brasil. Ou seja, é preciso trazer as peças e investir na montagem de um aparelho que pode ou não dar certo. Um problema que Soboll não comenta, mas que nós acreditamos que colabora com a baixa divulgação e poucas unidades é o fator operadoras: qual operadora teria interesse em vender um aparelho com Android puro, sem nenhum tipo de modificação e sem aqueles aplicativos específicos das operadoras, os famosos crapware? Sem as operadoras do lado, é difícil acreditar num sucesso espantoso no Brasil — nem todo mundo pretende gastar quase R$2.000 no próximo celular.

Para completar, Soboll ainda diz que o Galaxy X demorou para chegar ao Brasil porque ele requer adaptações para ser vendido aqui. Isto é o mesmo que ele disse ano passado sobre o Nexus S — que foi prometido, mas não chegou. Primeiro, Soboll disse que a Samsung teria que adaptar o aparelho para respeitar uma norma da Anatel. Depois, a Samsung afirmou que o Nexus S não viria “por motivos comerciais” — para não concorrer com o Galaxy S II. Soboll conciliou as duas versões, dizendo que a adaptação demorou tanto que chegou o Galaxy S II, e o Nexus S ficou de lado.

E quando o Galaxy S III chegar? Soboll diz que tudo é uma questão de mercado. Mas com pouca divulgação, é provável que o Galaxy X fique pra escanteio de vez.

O Gizmodo Brasil está no Samsung Fórum 2012 em Lima, Peru, a convite da Samsung. Foto por Ariel Zambelich/Wired [CC]

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