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O satélite de altíssima qualidade que vai melhorar (e muito) a resolução das imagens do Google Maps

A qualidade de imagens comerciais capturadas do espaço vai melhorar muito após o lançamento do satélite Worldview-3. Ele é poderoso o bastante para contar galinhas quando está em órbita. É realmente uma máquina monstruosa. O mercado de imagens comerciais de satélite é pouco povoado, mas muito lucrativo. Seu valor estimado é de US$ 400 milhões […]

A qualidade de imagens comerciais capturadas do espaço vai melhorar muito após o lançamento do satélite Worldview-3. Ele é poderoso o bastante para contar galinhas quando está em órbita. É realmente uma máquina monstruosa.

O mercado de imagens comerciais de satélite é pouco povoado, mas muito lucrativo. Seu valor estimado é de US$ 400 milhões por ano, e, até recentemente, contava com apenas duas empresas: DigitalGlobe e GeoEye. Com a recente aquisição da GeoEye pela DigitalGlobe, no entanto, criou-se um monopólio natural.

A geração atual de plataformas de imagens da Terra usadas por essas empresas é limitada. Não por tecnologia, e sim por regulamentação governamental, com resolução de 41cm por imagens vendidas comercialmente. No entanto, como a DigitalGlobe agora é a única empresa no pedaço, ela deve conseguir flexibilizar essa limitação para 25cm – e isso é grande coisa.

Isso permitirá que a DigitalGlobe capture imagens com níveis impressionantes de detalhes, claridade e granularidade. É o dobro da resolução dos dados atuais do Google Maps, e são imagens precisas o suficiente para “podermos dizer se é um caminhão, uma SUV ou um carro normal”, disse Kumar Navulur, diretor de produtos de próxima geração da DigitalGlobe, à NBC News. Não é o bastante para ler as informações da placa dos carros – ao menos não oficialmente.

O satélite de 5,5 metros de altura e 2.800 kg lançado ontem dentro do foguete Atlas V começou a desabrochar seus painéis solares para sua missão inicialmente de 7 anos, mas que pode também ir até 2026.

Para a DigitalGlobe, um mercado de US$ 400 milhões aguarda o momento em que o governo dos EUA flexibilize a venda de imagens de alta resolução. Eis o que diz o site da empresa:

O WorldView-3 será o primeiro sensor de satélite comercial super-espectral e de alta resolução operando a uma altitude estimada de 617 km. O WorldView-3 oferece resolução pancromática de 31 cm, resolução multiespectral de 1,24 m, resolução de onda curta infravermelha de 3,7m e resolução CAVIS de 30 m. O WorldView-3 tem capacidade de coletar até 680.000 km² por dia.

Em resumo, isso significa que o satélite consegue capturar imagens em 28 faixas de comprimentos de onda espectrais diferentes, permitindo filtrar com mais rapidez obstruções como nuvens ou fumaça. Sério, se esse satélite fosse um pouco mais potente, ele conseguiria ver o que está dentro do seu nariz. A frota completa de satélites da DigitalGlobe consegue cobrir quatro milhões de quilômetros quadrados por dia.

Além disso, o sistema de coleta de imagens é suportado por um algoritmo que não apenas automatiza o processo de filtragem como também corrige cores para reduzir efeitos atmosféricos e de iluminação. A gama ampla de faixas permite que a DigitalGlobe gere dados muito melhores do que os atuais, e eles podem ser usados para beneficiar a sociedade, como no monitoramento de florestas e fazendas, busca por incêndios, e até planejamento de infraestrutura urbana. Os algoritmos podem ser treinados para detectar itens específicos, como árvores específicas, ou todos os campos de futebol de um determinado local.

Então sim, ele consegue ver a sua casa do espaço. E todas as coisas que você faz escondido. [Breaking Defense 12 – NBC News – SatImaging Corp]

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