Eu ainda me recordo do apelo de Joel para perdoarmos George Lucas por seus muitos pecados. Ele tinha argumentos. Mais ou menos. Um pouco. Vish. Ainda que tenha restado um pouco de piedade por esse homem em mim — um homem que eu respeito e admiro profundamente como um criador –, ele desapareceu depois de assistir ao trailer de Star Wars Detours, uma comédia.
Sim, essa caixa embolorada cheia de dor e vergonha é um produto oficial da Lucasfilm, acredite se quiser:
“Star Wars Detours™ é uma comédia animada que explora como é o cotidiano em uma galáxia muito, muito distante. Não existem Impérios contra-atacando ou ataques de clones aqui. Em vez disso, Star Wars Detours foca em caras normais do universo e seus problemas do dia a dia… os quais, para sermos justos, frequentemente envolvem caçadores de recompensas famosos, Ewoks malucos e até um Lord Sith do lado negro da Força.”
Essa é a descrição deles, que termina com “Bem-vindo a Star Wars Detours: o outro lado das estrelas, entre as guerras.” Leia a última frase algumas vezes.
Você sabe, eu estava para escrever um post-mimimi longo (como da última vez), mas… não, não dá.
Eu não posso porque eu não ligo. Não é ódio (nunca foi, é sempre mais um sentimento do tipo “ah não, para!”). Não é nem mesmo desencantamento. Não é… bem, nada.
Simplesmente não me importo mais com Star Wars. E isso é realmente triste porque eu fui uma daquelas criancinhas de quatro anos que assistiu ao Episódio IV: Uma Nova Esperança no cinema quando ele saiu. Nunca o levei a sério. Nunca tive milhões de brinquedos ou uma réplica do sabre de luz. Eu apenas o amava pelo que ele era. Hoje as pessoas tomam aquela sensação de encantamento como garantida, vivendo em um mundo cheio de efeitos especiais por todos os lugares. Mas na época ele explodiu nossas cabeças por algumas gerações, a minha incluída. E agora, depois de tudo o que George fez, agora eu não dou a mínima.
Eu desisto.