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Seca nos EUA revela fóssil de leão extinto há 11 mil anos

Os pesquisadores disseram que se tratava do dente de um leão americano, que era 25% maior que o leão africano conhecido hoje. Veja foto da descoberta

Seca nos EUA revela fóssil de leão extinto há 11 mil anos

Imagem: Public Domain Pictures/Reprodução

O famoso rio Mississippi não escapou da seca que atingiu os Estados Unidos durante o verão americano. A queda da água, na verdade, permitiu que um homem chamado Wiley Prewitt encontrasse algo raro na bacia vazia. 

Enquanto andava próximo a Rosedale, uma pequena cidade na fronteira entre Mississipi e Arkansas, Prewitt avistou uma ponta preta saindo do curso d’água. Ele levou a peça até paleontólogos que estavam participando de um simpósio na região e teve a confirmação: o fóssil remetia a um leão americano (Panthera atrox), extinto há 11 mil anos.

Tratava-se de um dente acoplado à parte da mandíbula do animal. Esses grandes felinos apareceram pela primeira vez na América do Norte há pelo menos 340 mil anos, mas suas evidências são extremamente raras no leste dos EUA. Essa é apenas a quarta amostra da espécie já encontrada no Mississippi. 

O leão americano era cerca de 25% maior que o leão africano. O animal podia alcançar cerca de 1,5 metro de altura e 1,8 metro de comprimento. Cientistas estimam que os maiores membros da espécie tenham superado os 450 quilos. 

Ainda há dúvidas sobre a aparência do animal. Os pesquisadores não sabem dizer, por exemplo, se ele tinha juba como o leão africano, já que a preservação de pele e pelos é rara no registro fóssil.

Prewitt ainda não anunciou se pretende manter consigo a descoberta ou doá-la a um museu. Por enquanto, os cientistas estão na torcida pela segunda hipótese, que permitiria um estudo aprofundado do dente.

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