A robótica está em constante evolução, e a Figure AI é uma das empresas que tem surfado nessa onda. O Figure 01 é um robô humanoide capaz de lidar com tarefas diárias com precisão, apenas observando seres humanos. Nesta semana, o fundador da companhia mostrou o robô aprendendo a fazer café, sem precisar de uma programação específica.
Em um vídeo publicado no X (antigo Twitter), o criador da Figure AI, Bree Adcock, mostrou o Figure 01 em ação. É possível ver o robô recebendo a instrução para preparar uma xícara de café. Em seguida, a máquina configura a cafeteira de capsulas e deixa a bebida pronta para consumo.
Pode parecer algo simples, mas o Figure-01 aprendeu o processo de preparação do café em 10 horas, somente observando humanos. Além disso, a inteligência artificial do robô é capaz de não só seguir um conjunto de instruções, como também aprender por meio do ambiente e corrigir os próprios erros.
Confira o vídeo completo do Figure-01 operando a cafeteira:
Isso acontece porque o “cérebro” do Figure-01 é formado por diversos chips poderosos de processamento gráfico (GPUs). Esses componentes permitem ao robô processar algoritmos completos e interagir com objetos ao redor dele de forma natural.
No caso da máquina de café, o robô consegue operar o equipamento com movimentos sutis e precisos. Ele abre a tampa, coloca a cápsula, fecha o compartimento e ativa a função de preparar o café, sem cometer erros ou esbarrar em lugares errados.
Figure-01 foi criado para ser o robô do mercado de trabalho
O objetivo da Figure AI com a criação de robôs humanoides é preencher um vazio no mercado de trabalho, em especial nos setores de logística, transporte e comércio. Nos EUA, por exemplo, há mais vagas de emprego disponíveis do que pessoas desempregadas.
Segundo informações da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, existem 9,5 milhões de vagas, mas apenas 6,5 milhões de pessoas buscando empregos. Mesmo que todos os desempregados sejam alocados, ainda vão sobrar 3 milhões de posições vazias.
Com o Figure-01, a Figure AI espera aumentar a produção de bens e serviços, ao mesmo tempo em que barateia os produtos e os disponibiliza em mais lugares. Segundo a empresa, a ideia é não apenas lidar com a escassez de profissionais, como também “dar um passo proativo em direção a um futuro no qual robôs humanoides e humanos trabalhem de forma colaborativa”.