Sensor mais fino que filme plástico detecta câncer de mama apenas com o toque
Para vencer o câncer, a detecção rápida da doença é crucial. Uma equipe de cientistas japoneses e americanos revelou sensores finíssimos que podem, no futuro, ser usados em luvas médicas para detectar tumores. Ao tocar na parte suspeita, o sensor dividirá os resultados com outros especialistas.
Atualmente, vários cientistas estão interessados em eletrônicos flexíveis, pois esses materiais podem resultar em sensores vestíveis não-invasivos e bastante precisos.
Já existem sensores pequenos que se dobram bastante, mas até o momento eles não medem a pressão com precisão, uma vez que os sensores se tornam distorcidos e ineficazes quanto mais ficam enrugados. Uma nova pesquisa, publicada na Nature Nanotechnology, sugere um avanço nesse sentido.
A equipe por trás desse projeto conta com cientistas de Harvard e da Universidade de Tóquio. Usando transistores orgânicos e chaves eletrônicas feitas de material orgânico, como carbono, a equipe criou nanofibras sensíveis à pressão. Essas nanofibras foram reunidas para formar uma estrutura leve, porosa e parecida com uma pequena rede.
O resultado: sensores de pressão que têm espessura de 8 micrômetros — mais finos que filme plástico. Eles podem facilmente envolver seus dedos, e adaptar-se à forma das mãos dos médicos. Os sensores medem a pressão de 144 pontos ao mesmo tempo, ajudando os médicos a determinar se o que eles estão apalpando é um tumor.
Além disso, estas sensações captadas podem ser digitalizadas e compartilhadas para outros médicos analisarem em exames de rotina. Assim, eles podem ter uma melhor ideia das saliências e protuberâncias a serem observadas.
Para um material desse tamanho, este pode ser um grande desenvolvimento na batalha contra doenças perigosas.