Será que a nova câmera da JVC é a realização do sonho do híbrido de filmadora e câmera?
O conceito de uma câmera que é filmadora ao mesmo tempo não me empolga muito. Mas talvez seja porque eu estava esperando por uma verdadeira câmera híbrida que filme e fotografe. E a JVC parece estar seguindo o caminho.
A JVC GC-PX10 é, para início de conversa, uma câmera bem estranha visualmente. O resultado parece um encontro de uma filmadora de mão bêbada com uma DSLR, e o filho dessa noite saiu com corpo fino e nariz gigantesco. Mas deixando o design de lado, parece que esse brinquedo é bem interessante. Ela tem uma câmera para fotos de 12MP e filma em 1080p em 36Mbps progressivos — um bitrate bem alto para uma câmera feita para consumidores comuns. Ele tem um sensor CMOS retroiluminado de 1/2.3″, o que deve garantir uma performance sólida em condições de pouca luz, e ainda conta com um zoom óptico de 10x com estabilização ótica de imagem.
Mas há dois detalhes que realmente chamaram minha atenção para essa câmera. Ela pode filmar vídeos em até 300FPS, um número bem interessante. Ela reproduz vídeos em 30FPS, ou seja, com 1/10 da velocidade real. Não é possível fazer isso em full HD, mas funciona em 640×360, em SD, valor decente para publicação online e afins. Ele pode filmar nesse modo por duas horas seguidas, o que significa que basicamente você pode filmar um jogo de futebol inteiro em slow motion. Outra sacada boa para filmar esportes é o modo burst que pode filmar em insanos 60 frames por segundo, com até 130 fotos por vez (tirando fotos com reduzidos 8.3MP). Nenhuma DSLR do mercado atual consegue fazer isso, mas a Nikon 1 pode (e provavelmente tira fotos melhores também).
O que resta descobrir é quão boas as fotos e filmagens são. Se as fotos lhe interessam mais, você provavelmente vai preferir a Nikon, mas se vídeo for sua prioridade, vale a pena dar uma olhada nos próximos passos desse bicho. Ela chega nos EUA no fim do mês por US$900. [JVC]