Será que o Flickr tem jeito?
O Flickr, um dos serviços pioneiros de armazenamento de foto, foi comprado na semana passada pelo SmugMug, um serviço de hospedagem profissional de fotos.
A quantia da operação não foi revelada, porém, vale lembrar que o Yahoo! (atualmente conhecido por Oath) comprou a plataforma em 2005 por uma quantia estimada de US$ 25 milhões.
• Como o Yahoo matou o Flickr e perdeu a internet
O serviço, no entanto, nunca pareceu ser uma prioridade. No máximo, o Yahoo! fez alguns redesigns e inseriu um ou outro recurso — até flertou com uma versão móvel com filtros, numa possível tentativa de fazer frente ao Instagram.
Apesar da aquisição, o SmugMug diz que planeja manter o Flickr como uma plataforma autônoma e dar mais atenção para a comunidade de usuários. Mas como fazer isso? Bem, nem o CEO da empresa sabe ao certo, segundo entrevista ao USA Today.
“Parece bobo para um CEO não saber totalmente o que vai fazer, mas nós construímos o SmugMug sem um plano. Nós tentamos ouvir nossos consumidores e, quando uma quantidade considerável pedia por algo importante para a comunidade, nós desenvolvíamos”, afirmou para a publicação norte-americana.
No subreddit r/photography, no Reddit, os fãs do Flickr parecem cautelosamente otimistas com o futuro da plataforma. Um dos usuários, por exemplo, diz que espera que o serviço seja levado a sério e que receba a atenção e escala merecidas.
Pessoalmente, eu acho mó barato o Flickr. Não só para buscar fotos para publicações, mas também para disponibilizar algumas que tirei em viagens — muitas delas também disponíveis sob a licença Creative Commons.
Ainda que seja um ícone da internet 2.0, se formos analisar friamente, o Flickr poderia ter sido o Instagram — talvez uma opção de nicho. A plataforma de compartilhamento de fotos tinha tudo: imagens, tags e possibilidades de interação. Era só ter feito uma plataforma móvel — o que só foi acontecer durante os anos de Marissa Mayer como CEO da companhia.
Agora, só resta saber o que será do Flickr e como a rede pode se tornar relevante ou se reinventar. Atualmente, as gigantes da tecnologia já guardam arquivos e fotos de todo o mundo, e, para fins sociais, temos Instagram e o próprio Facebook.
Imagem do topo: captura de tela do YouTube