A minissérie “Dahmer: Um Canibal Americano”, que traz o ator Evan Peters no papel do protagonista, estreou recentemente na Netflix. A produção é inspirada nos crimes reais de Jeffrey Dahmer, responsável por 17 assassinatos entre 1978 e 1991, que quase sempre envolviam estupro, necrofilia e canibalismo.
Boa parte dos seus crimes aconteceram em Milwaukee, no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos. De início, Jeffrey Dahmer morou com a avó nessa mesma cidade, mas depois de um tempo ela pediu que o neto se mudasse, pois não gostava que ele levasse homens para sua casa, e também porque o cheiro vindo de seu quarto era muito forte.
Quando se mudou para um apartamento de apenas um quarto, levou consigo a cabeça e o pênis de uma das vítimas preservados em acetona. Mas o que aconteceu com o prédio que serial killer morava? Ele ainda existe? O Giz explica!
Dahmer morava no apartamento 213 na 924 North 25th Street em Milwaukee, Wisconsin, conforme registros do FBI. A revista Women’s Health observa que o serial killer também morou com sua avó por um tempo na 2357 S 57th Street, Milwaukee.
O Cinemaholic afirma que o prédio se chamava se “Oxford Apartments” e contava com 49 apartamentos de um quarto. Enquanto morava lá, os vizinhos reclamaram de cheiros e sons desagradáveis que vinham do local em que Dahmer morava. Glenda Cleveland foi uma dessas pessoas, que tentou alertar a polícia sobre o comportamento suspeito do assassino por diversas vezes.
A mulher passou a alertar as autoridades sobre o homem depois que sua filha, Sandra Smith, e sua sobrinha, Nicole Childress, avistaram um garoto sangrando e nu na rua, que estava fugindo de Jeffrey. A série, inclusive, conta com a gravação real feita por ela neste momento. Cinco dos assassinatos de Dahmer teriam ocorrido depois que Glenda Cleveland tentou avisar a polícia.
O serial killer foi finalmente pego quando uma vítima, Tracy Edwards, conseguiu escapar e encontrou dois policiais que o acompanharam ao apartamento de Dahmer. No local, encontraram os restos mortais de 11 homens, incluindo cabeças decepadas na geladeira e uma gaveta cheia de Polaroids de corpos desmembrados.
Ainda segundo o Cinemaholic, após a prisão de Dahmer, muitos moradores chocados do “Oxford Apartments” imediatamente se mudaram e, embora os apartamentos de um quarto permanecessem disponíveis para aluguel, não havia muitos interessados. Na verdade, a terrível descoberta afetou os preços dos imóveis em toda a área de Milwaukee.
Em novembro de 1992, o prédio foi demolido. O Marquette Wire afirma que o desenvolvedor Ogden Homes comprou o espaço, agora vazio da cidade, por apenas US$ 500 (cerca de R$2500,00) em 2012. No entanto, ele não teve permissão para construir uma estrutura de qualquer tipo. O local permanece um espaço verde cercado por uma cerca de arame. Nas imagens do Google Maps, é possível ver apenas mato e grama onde era o prédio.
Para quem quer entender melhor a história, vale assistir a série na Netflix. Segundo a sinopse oficial, “entre 1978 e 1991, Jeffrey Dahmer tirou a vida de dezessete vítimas inocentes de forma brutal. “Dahmer: Um Canibal Americano” é uma série que expõe esses crimes inescrupulosos e como o desprezo por grupos minoritários, o racismo estrutural e as falhas institucionais permitiram que um dos mais infames assassinos em série da história dos Estados Unidos continuasse agindo às claras por mais de uma década”.
Criada pelo premiado Ryan Murphy, conhecido por produções como “Glee” (2009) e “American Horror Story” (2011), a série produzida pela Netflix é protagonizada pelo ator Evan Peters. A minissérie se propõe a contar os crimes de Dahmer através da perspectiva das vítimas do assassino. Para isso, conta com Niecy Nash, Penelope Ann Miller, Shaun J. Brown, Colin Ford e Richard Jenkins em seu elenco.
A produção possui classificação indicativa para maiores de 18 anos. Veja o trailer de “Dahmer: Um Canibal Americano”:
Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem
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