Serviço de streaming Rdio está chegando ao Brasil; entenda como ele funciona

Streaming de música! Por que diabos isso ainda não pegou no Brasil? Isso sempre nos deixou muito, mas muito encafifados. Enquanto lá fora serviços como o Rhapsody, Spotify e Rdio revolucionam o ato de ouvir música, aqui nós sempre tivemos que nos contentar com muito pouco. Aparentemente isso começa a mudar no dia primeiro de […]

Streaming de música! Por que diabos isso ainda não pegou no Brasil? Isso sempre nos deixou muito, mas muito encafifados. Enquanto lá fora serviços como o Rhapsody, Spotify e Rdio revolucionam o ato de ouvir música, aqui nós sempre tivemos que nos contentar com muito pouco. Aparentemente isso começa a mudar no dia primeiro de novembro, data de estreia da parceria entre a operadora Oi e o serviço americano Rdio. “Mas como funciona esse brinquedo, tio?”, você deve estar se perguntando. Sobrinho, acompanhe o raciocínio e veja o vídeo abaixo.

Apesar de ainda estar em fase beta, já conseguimos acessar o Rdio nacional. É possível mudá-lo para português, ler o extenso termo de uso e, mais importante, checar a biblioteca e as formas de pagamento. Para desfrutar do OiRdio, o usuário terá que escolher um plano: o de R$9 mensais oferece todo o conteúdo de streaming para desktops — via browser ou pelo software da empresa, que é bem redondinho –, enquanto o de R$15 mensais adiciona a audição em smartphones e tablets (iOS, Android, BlackBerry e Windows Phone 7). O pagamento é feito via cartão de crédito. Por enquanto, por estar em fase de testes, não é possível assiná-lo (o serviço entra ao ar de verdade apenas no dia primeiro de novembro, quando todos poderão testá-lo por uma semana, de graça).

A facilidade em usar o streaming é incrível: mesmo com uma conexão mediana (2Mbps) é possível ouvir as músicas sem engasgos ou intervalos. Basta buscar, dar play e sair por aí curtindo a internet. No celular, ele funciona de forma lisa, mas é preciso estar no Wi-Fi (ou ter uma conexão 3G tão boa que, bem, acho que ela não existe por aqui). Há a opção (no plano de R$ 15) de baixar quantas faixas você quiser para ouvir depois, dentro do app no celular, o que é ótimo. Há também um elemento social muito bacana, com recomendações, listas e conexão fácil com Facebook, Twitter e Last.fm. O Pedro fez um vídeo explicando como o sistema funciona, com a versão em inglês (mais azul) que algumas pessoas têm acesso hoje. Confira (e, por favor, não se esqueça de colocá-lo em 720p para não ter problemas no áudio):

http://www.youtube.com/watch?v=-lk3hlO-5yQ

Mas e o conteúdo? Em nossos primeiros testes, ele é mais do que bom: aparentemente a OiRdio trouxe todo o catálogo do Rdio americano. Isso significa que mais de 12 milhões de músicas estarão disponibilizadas (para efeito de comparação, o Terra Sonora, principal representante nacional, tem cerca de 1 milhão de faixas). A biblioteca abrange bandas famosas, aquelas indies que você achou que só você ouvia, mas vez ou outra peca nas bandas mais obscuras.

Porém, por enquanto ainda não encontramos muito o que Roberto Guenzburger, diretor da Oi, prometeu à Folha: um “sabor mais local”: uma busca por Jorge Ben entregou mais coletâneas do que álbuns de estúdios do mito. Buscar João Gilberto rende incríveis 19 álbuns mas, novamente, quase nenhum de estúdio. Outro ponto a se preocupar é a disponibilidade: tanto em músicos brasileiros quanto estrangeiros, é comum encontrar álbuns não disponíveis por aqui. Mas, como o produto ainda está em fase de testes e provavelmente será bem modificado até o dia primeiro, deixaremos tal julgamento para depois.

O que podemos concluir até então? Estamos empolgados. Nós gostamos do Grooveshark e sua oferta gratuita, mas por ser puramente colaborativa, ela é caótica e incompleta, e não agrada quem busca um pouco de ordem e mais qualidade nas faixas. Outras soluções nacionais são limitadas. E faltava no cenário um serviço que cobrasse um preço minimamente interessante (a versão americana custa US$10 e US$5, respectivamente, então estamos no lucro) com um catálogo decente. Acreditamos que há um enorme espaço para serviços assim por aqui: desde o cara que assina soluções americanas e usa VPN até o adolescente que só quer ouvir as músicas de uma vez, sem ter que pensar em procurar, baixar etc. Música vendida de forma legal, barata e simples de consumir? Aceitamos.

UPDATE: O serviço estará aberto não só para quem é da Oi, qualquer um pode entrar na brincadeira. Os assinantes da operadora poderão ter algumas vantagens, como cobrança na fatura do telefone e algum tipo de venda casada com o Velox, mas saberemos disso em breve.

[OiRdio]

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