Nos últimos cinco anos, os cientistas malucos do CERN têm conectado seus computadores aos dos seus colegas ao redor do mundo para combinar todo esse poder computacional. O chamado Grid Mundial transforma um desktop antigo em um supercomputador apenas conectando-o à rede. Agora será possível fazer o mesmo com smartphones e tablets.
Os cientistas do CErN estão nos estágios finais de um upgrade grande no Grid Mundial que permitirá que dispositivos móveis (aqueles que rodam Android) entrarem na rede super poderosa. A rede já é formada por mais de 200 mil computadores de todo o mundo e tem capacidade de analisar os 26 milhões de giga bytes de dados que o Grande Colisor de Hádrons do CERN produz anualmente. (Nota: isso é muita informação.) “O Grid que implementamos para física é um mecanismo que permite a cientistas compartilharem seus dados e colaborar,” disse Ian Bird, do CERN, ao Telegraph. “Ele combina recursos dispersos do mundo inteiro de modo que eles funcionem como se fossem um sistema só.”
Pense da seguinte forma. O Grid Mundial é muito parecido com a World Wide Web, exceto que em vez de os computadores da rede simplesmente compartilharem arquivos entre eles, compartilham recursos. Isso significa que Frank Johnson e seu desktop HP de 1997 podem ingressar no Grid e, de repente, ganhar o poder de processamento de cada outro computador que estiver conectado. Então, não mais que de repente, aquele velho Pentium II passa a ser capaz de fazer coisas que somente computadores do tamanho de salas inteiras seriam capazes no passado. É um avanço tão grande que alguns dizem que o Grid será o sucessor da web.
Aqui vai uma analogia melhor: você assistia Power Rangers quando era criança? Os Rangers tinham seus veículos que, quando se juntavam, criavam um Megazord para destruir o inimigo da vez. Pois bem, é assim que o Grid Mundial funciona… mas sem espada e menos espalhafatoso. Agora que smartphones e tablets estão juntos, quem sabe o quão mais poderosa essa coisa ficará.