Após um ano, pai e filha conseguiram decodificar o “sinal alienígena” artificial enviado de Marte em direção à Terra. O sinal é uma simulação de contato com alienígenas feita pela sonda TGO (Trace Gas Orbiter), da ESA (Agência Espacial Europeia), que enviou uma mensagem codificada a partir da órbita marciana para o nosso planeta.
O projeto, chamado “Sign in Space”, enviou a mensagem que foi recebida por três grandes radiotelescópios na Terra, 16 minutos depois, em maio de 2023.
Esse projeto foi um experimento para entender como a organização SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre, na sigla em inglês) faria o processamento de análise e decodificação de um sinal alienígena. A artista residente do SETI e coordenadora do projeto, Daniela de Paulis, desenvolveu a mensagem com uma equipe de astrônomos e cientistas da computação.
No último dia 22, a ESA anunciou que Ken Chaffin e sua filha, Kelin, dos EUA, conseguiram decodificar a mensagem após longas simulações.
Mensagem marciana
Aliás, antes de tentar decodificar o “sinal alienígena” de Marte, foi necessário extrair os dados brutos dos sinais de rádio. Somente este processo durou 10 dias, graças a um grupo de cerca de cinco mil cientistas cidadãos.
Posteriormente, Ken e Keli Chaffin trabalharam por mais de um ano para decodificar o sinal, descobrindo que a mensagem alienígena de Marte “continha movimento”. Desse modo, o sinal possui informações sobre a formação de vida ou de células.
Assim, ele é uma imagem mostrando a estrutura de cinco aminoácidos, responsáveis por formar proteínas. De Paulis recebeu a imagem em julho deste ano.
A ESA confirmou que o “sinal alienígena” de Marte foi decodificado, mas, agora, começa a “missão para compreender o significado”. “A interpretação da mensagem, assim como em qualquer forma de arte, continua aberta”, afirmou a ESA.