Em 2015, o cantor espanhol Enrique Iglesias se machucou bastante ao tentar pegar um drone que sobrevoava o palco durante um show. Uma nova tecnologia agora promete não decepar dedo de humanos ao tocarem as hélices de um drone. A ideia é dos pesquisadores da Universidade de Queensland, em Brisbane, na Austrália, que criaram o que eles chamam de Safety Rotor.
O Enrique Iglesias ficou bem machucado ao tentar pegar o drone
O segredo do sistema para não decepar o dedo de um humano é uma espécie de gaiola de plástico, que fica ao redor da hélice, e que gira um pouco mais lento e fica constantemente buscando um contato com algum material.
A gaiola fica rodando passivamente, conduzido por uma pequena quantidade de fricção contra o rotor que o faz rodar com uma frequência pequena, porém rápida o suficiente para detectar rapidamente um obstáculo e fraca a ponto de não causar nenhum dano mais sério. Na base da tal gaiola ficam refletores infra-vermelho que ficam monitorando constantemente o contato com algum tipo de material físico. Se a luz for interrompida, o sistema começa acionar a desaceleração do rotor.
“O rotor foi completamente paralisado durante o tempo que o dedo alcançava o rotor do drone. Em comparação, a ponta do dedo inserida em um rotor aberto foi completamente destruída”, informaram os pesquisadores.
Ainda que seja eficaz, ele pode não ser útil em determinadas situações. Geralmente, quanto mais rápido for o rotor, menos efetivo será o sistema de segurança — a paralisação dele está condicionada ao contato do dedo na gaiola, e com um rotor super rápido, pode ser que haja um pequeno atraso na frenagem.
Os rotores de um drone costumam ser mais rápidos durante manobras de baixa velocidade, decolagem e pousos — justamente, em situações em que há humanos por perto. De qualquer jeito, a solução pode ser interessante para evitar acidentes ainda mais graves, mesmo que a interrupção do rotor leve um tempo maior.
A solução custa US$ 20 e acrescenta apenas 22 gramas ao drone. Você pode até comprar outros sistema de segurança, mas deve desembolsar pelo menos US$ 100 e ter ainda mais peso ao seu quadricóptero.
Imagem do topo por Evan Ackerman/IEEE Spectrum