“Snake”, o jogo da cobrinha, retorna acompanhado de microtransações
Os mais jovens talvez não se lembrem, ou tenham apenas uma vaga lembrança, mas muitos antes dos inúmeros pedidos de vida de Candy Crush Saga e dos imensuráveis convites para montar a sua fazendinha personalizada em FarmVille, existia Snake, ou Serpente, ou apenas o bom e velho jogo da cobrinha — e é bem possível que as pessoas mais improváveis de se viciarem em um jogo (familiares, como seus pais e avós) tenham gasto algumas boas horas nele, já que o programa vinha instalado de fábrica nos antigos (e quase indestrutíveis) celulares mais básicos da Nokia.
Chamado de Snake Rewind, a nova versão do jogo trará gráficos atualizados e novos modos de jogo, além de leaderboards e power-ups. Uma das novidades, presente no nome, é a possibilidade de voltar no tempo caso você encoste a cobra em alguma das paredes ou objeto — algo parecido com a mecânica usada na série GRID e Dirt.
Já existem inúmeras cópias do jogo da cobrinha nas lojas de apps — uma rápida busca encontra algumas centenas deles — mas é a primeira vez que Taneli Armanto, o responsável pelo jogo original, faz parte da equipe do jogo. Ele e a desenvolvedora Rumilus Desig o relançarão no dia 14 de maio para as plataformas iOS, Android e Windows Phone. Ele será grátis e como praticamente todos os jogos gratuitos lançados para celulares, ele terá microtransações. Não é algo inesperado, afinal, até grandes títulos como Mortal Kombat já fazem uso deste modelo de negócios.
O jogo terá 10 fases, cada uma com música e identidade visual própria — o jogo terá até mesmo uma fase com gráficos parecidos com a do jogo original para o Nokia 6110, o primeiro modelo da empresa finlandesa a receber o jogo, em 1997.
Apesar de ter se tornado popular nos celulares da companhia finlandesa, Snake não foi inventado por ela, e nem por Armanto. Ele foi responsável por programar os jogos para celulares que tornaram Snake popular, mas o conceito do jogo foi visto pela primeira vez na década de 1970 no fliperama Blockade. Armanto usou da ideia para providenciar uma forma de entretenimento nos primeiros celulares pessoais. E com sucesso.
Resta saber se o raio vai atingir o mesmo lugar duas vezes: na época, Snake era praticamente a única opção que tínhamos para nos entreter nos celulares. Hoje, estas opções são quase que incontáveis. Será que Snake conseguirá repetir o mesmo sucesso que teve na década de 1990? Só saberemos a partir de semana que vem. Confira o trailer de lançamento abaixo: