Apenas 24,4% dos brasileiros possuem habilidades digitais básicas, como mover um arquivo ou uma pasta no computador, usar a ferramenta “copiar e colar” ou anexar documentos em um e-mail.
Essas informações constam em um relatório divulgado em março deste ano pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
O estudo, que utiliza dados da União Internacional de Telecomunicações (UIT) de 2022, aponta que o percentual de pessoas que não conhecem o básico em informática no Brasil é menor do que a média da América Latina (24,4% contra 28,12%).
O Brasil fica atrás de países como Peru (28,4%), Cuba (28,8%), México (31%) e Colômbia (32,3%). No levantamento, apenas Equador, com 23,5%, é pior.
Esse valor é ainda mais preocupante se comparada com a média da OCDE, de 64,31% da população com conhecimentos básicos — valor puxado principalmente pela Coreia do Sul, que chega a impressionantes 97,28%.
Desempenho ruim
Em outras categorias, o país também vai muito mal. Quando se trata de habilidades intermediárias, como saber usar planilhas de Excel, instalar dispositivos (como câmeras e impressoras e criar apresentações digitais, esse número cai ainda mais. Apenas 11,3% da população brasileira se enquadra nessa categoria, contra 21,2% da média da América Latina e 39,7% da média da OCDE.
Já no quesito de habilidades avançadas — que pede conhecimentos em programação, baixar e configurar softwares e transferir arquivos entre computadores e dispositivos — o percentual cai para 2,9%. Só como comparação, na média da América Latina, o valor é de 5,4%, e na média da OCDE, 7%.
No relatório, infelizmente não há dados mais detalhados sobre qual demografia da população brasileira está mais desassistida em se tratando de habilidades digitais.