Ciência

Sonda Juno captura imagens da lua vulcânica Io, de Júpiter

Vulcões da maior lua de Júpiter chegam a atingir temperaturas à volta dos 1700 °C - mais quentes que os vulcões da Terra
Imagem: NASA/Reprodução

A sonda Juno, da NASA, fez uma visita à agitada paisagem de Io, uma das maiores luas de Júpiter. Como resultado, a missão mandou de volta à Terra incríveis registros de penhascos, picos de montanhas afiados, lagos de lava e até mesmo uma pluma vulcânica.

A lua conta com um festival de tons laranja e marrom-amarelado, graças ao enxofre e da lava que dão o tom peculiar ao local.

Mesmo com o seu tamanho modesto — e apesar de estar localizada num local frio do sistema solar –, Io é descrita como o que mais se aproxima do conceito de inferno, já que é o local com maior atividade vulcânica do Sistema Solar.

Os seus vulcões chegam a atingir temperaturas à volta dos 1700 °C, logo, mais quentes que os vulcões da Terra. Acredita-se que também os vulcões dos primórdios da Terra atingissem temperaturas semelhantes.

Aliada à maior concentração vulcânica do sistema solar, a liberação de compostos de enxofre durante as erupções confere a Io a aparência de um mundo de diferentes cores: branco, vermelho, laranja, amarelo e preto.

As fotos, feitas pela Juno em dezembro, estão repletas de detalhes visíveis e representam algumas das visões mais nítidas da estrutura global de Io.

Os cientistas estão debruçados sobre essas imagens, procurando pistas sobre a frequência das erupções vulcânicas, o brilho e temperatura dessas explosões cósmicas, e como as lavas resultantes fluem.

Segredos vulcânicos de Júpiter

A Juno, projetada para desvendar os mistérios de Júpiter, chegou ao gigante gasoso em 2016 e continua surpreendendo. A missão, estendida em 2021, já presenteou a Terra com fotos de Ganímedes, Europa e, claro, Io – a estrela do gigante gasoso.

A missão da NASA busca estudar a Io em uma tentativa de decifrar os segredos dos vulcões da lua. Alguns desses vulcões lançam lava a dezenas de milhas no espaço, tornando-os visíveis até mesmo para terráqueos com poderosos telescópios.

Os cientistas da missão estão ansiosos para mais, pois a Juno fará outra passagem próxima por Io em 3 de fevereiro.

Este pequeno mundo tem uma luminosidade considerável, proveniente de alguns lagos incandescentes devido às altas temperaturas. Mas a maioria dessa luminosidade provém de descargas eléctricas entre Júpiter e Io.

Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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