Sony Vaio P: review

Passei um bom tempo com o pequenino Sony Vaio P, e agora é hora de publicar um veredicto sobre a performance desse aparelho de 635 gramas.

Passei um bom tempo com o pequenino Sony Vaio P, e agora é hora de publicar um veredicto sobre a performance desse aparelho de 635 gramas.

O Sony Vaio P conseguiu fazer um bom barulho na CES, em grande medida por seu tamanho e peso minúsculos e tela de LCD ultrawide. A Sony fez um marketing agressivo dele como não sendo um netbook, mas um laptop completo. Tanto que eles instalaram o Windows Vista Home Basic no aparelho, apesar de seu processador Intel Atom, e colocaram uma tela de 1.600 x 768 pixels. Isso deixou duas grandes questões a serem respondidas: ele serve para uso diário? E ele transcende da categoria de netbook para entrar no campo dos media notebooks?

Se “uso diário” significa multitarefa leve focada em internet, então você poderá usar o Vaio P com regularidade. Mas, assumindo que o status de media notebook acarreta assistir a vídeos em HD no YouTube enquanto se trabalha com o Photoshop, a resposta à segunda questão é um definitivo “não”. Por outro lado, de qualquer modo que você o veja, o Vaio P é um netbook. Fiz este review com expectativas modestas. Não tentei detoná-lo ao máximo instalando o Adobe Premiere ou jogando Crysis. Mas, depois de ver a Sony contar tanta vantagem, tentei fazer mais do que navegar por páginas, ouvir música e checar e-mail.

A unidade de teste deste review tinha um processador Atom Z520 a 1,33 GHz, 2 GB de RAM, SSD de 64 GB e gráficos integrados da Intel voltados a MIDs. Então decidi tentar rodar de três a cinco aplicativos de cada vez, coisas essenciais como SlingPlayer, Pidgin, Skype, VLC, iTunes e GIMP. Enquanto isso, eu teria o Firefox aberto, com Google Docs, Flickr e YouTube.

Na maior parte do tempo, a máquina rodou com velocidade, agüentando o Pidgin e o Firefox com várias abas abertas junto com outros aplicativos. Não consideraria o Vaio P tão rápido quanto um laptop comum em um cenário semelhante, mas ele definitivamente passa a impressão de ser mais rápido do que a maioria dos netbooks. Nosso expert em netbooks Mark Wilson também notou que, durante o curto período em que ele brincou com o Vaio P, ele pareceu duas ou três vezes mais rápido rodando o Vista do que outros netbooks com o mesmo sistema operacional.

Acho que não é nenhuma surpresa, mas tentar reproduzir vídeos no Vaio P foi bem duro. Ele conseguiu agüentar qualquer coisa na resolução de 320 x 240 sem falhar, mas vídeos em 640 x 480 em tela cheia já causavam lag, e em 1.280 x 720 (da minha Kodak Zi6 e do YouTube) travavam. Filmes DivX não-HD localmente armazenados rodavam em câmera lenta ou perdiam um quadro a cada três. Moral da história: se a Sony quer ser firme nessa história de o produto não ser um netbook, reprodução de vídeo adequada é uma obrigação.

Sobre a duração da bateria, se você navega pela internet por Wi-Fi enquanto ouve música e troca mensagens, ela deve agüentar de duas a três horas. Deixei o brilho da tela a 3/4 e o gerenciamento de energia em “Vaio Optimized” e achei o resultado aceitável, talvez na média desse tipo de máquina.

A Sony também incluiu uma interface instant-on baseada em Linux que usa a interface Xross Media Bar (como a do PS3), mas sua implementação tem altos e baixos. A funcionalidade e o design do software é decente, permitindo que você acesse música, fotos, filmes, software de mensagem instantânea e uma versão customizada do Firefox. Mas algumas coisas do design visual e da funcionalidade nuançada são deficientes a ponto de você preferir simplesmente rodar o Vista.
 

sony_xross_0098sony_xross_0099sony_xross_0011sony_xross_0010sony_xross_0009sony_xross_0013sony_xross_0012sony_xross_0014

As fontes e os fundos de tela, especificamente, fazem o ambiente XMB parecer barato e datado. É também um problema no web browser, que usa um conjunto totalmente diferente de fontes que beira o repulsivo. (Infelizmente, o navegador faz o Gizmodo particularmente ficar horrível.) Também é estranho que o Pidgin nessa interface Linux permita que você entre no Gchat ou no MSN Messenger, mas não no AIM. Talvez isso seja um vestígio da longa relação péssima da Sony com a AOL e o AIM.

Minha última reclamação sobre o sistema instant-on é que a mudança de navegação entre teclado e trackpoint é feita de uma maneira tosca, que parece inacabada. Ir do XMB ao tocador de música, por exemplo, requer que você use o trackpoint para controlar as funções de play/pause/skip, e isso não é fácil. Se nós não podemos usar o teclado nesses menus, que tal alguns botões dedicados para reprodução de mídia? A máquina não é um testamento ao minimalismo ou coisa do tipo.

Quanto ao hardware, ele tem a qualidade de construção que você espera de um produto da Sony com preço premium. Ele nunca passa a impressão de que vai quebrar ou afrouxar, e fica claro que tempo e esforço foram colocados no design. Sobre o tamanho, parece não ser nem muito pesado, nem muito leve, e realmente corresponde ao alarde sobre sua portabilidade.

Uma queixa que tenho, porém, é com o layout do teclado e do mouse. O tamanho das teclas e o espaçamento em geral não são problemas, pois já usei muito menores e muito piores, mas a falta de espaço entre a barra de espaço e os botões de mouse é realmente problemática. Eu digitei todo este review no Vaio P, e um problema muito persistente foi que toda vez que eu ia apertar a barra de espaço, acidentalmente clicava o botão do mouse. Ele é tão sensível que registrava um clique sem ser totalmente pressionado. Então, a cada mais ou menos 90 segundos, o cursor se movia de onde eu estava digitando para onde quer que o ponteiro do mouse estivesse, tirando a minha digitação do caminho. Irritante.

Para aqueles atentos à falta de trackpad e ao retorno da velha protuberância no estilo ThinkPad, a verdade é que o trackpad é mais eficaz, mas o encolhimento conquistado por sua omissão compensa. Considerando as medidas finas e lisas do Vaio P, eu não tenho problemas em plugar um mouse caso eu precise de um controle mais preciso.

Quanto ao meu veredicto final, o Vaio P é um gadget inegavelmente atraente, divertido e excitante no design, mas não estou muito certo de que corresponda ao hype do marketing ou ao preço inicial de US$ 900 – o modelo testado aqui custa US$ 1.200. O Sony Vaio P funciona bem como uma máquina para a sala de estar ou a cozinha, e por razões de estilo ele fica bem nesses ambientes e é fácil de guardar. Mas ele não substituirá seu laptop principal, nem mesmo em meio período, devido às limitações gráficas, à incapacidade de rodar aplicativos pesados e àquele maldito problema com o teclado e o mouse. [Sony Vaio P no Giz]

vaio_p_review_0013vaio_p_review_0012vaio_p_review_0011vaio_p_review_0010

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas