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Spotify chega ao Brasil e quer competir com a pirataria

Demorou, mas chegou: o Spotify foi oficialmente lançado no Brasil. Após meses disponível apenas a usuários convidados, o serviço de streaming de música finalmente foi aberto a todos os usuários: basta acessar e se cadastrar gratuitamente. Além do plano gratuito com propagandas, você tem a opção de testar por 30 dias a assinatura Premium — […]

Demorou, mas chegou: o Spotify foi oficialmente lançado no Brasil. Após meses disponível apenas a usuários convidados, o serviço de streaming de música finalmente foi aberto a todos os usuários: basta acessar e se cadastrar gratuitamente.

Além do plano gratuito com propagandas, você tem a opção de testar por 30 dias a assinatura Premium — sem propagandas e com possibilidade de baixar músicas para ouvir offline. O preço mensal desse plano será R$ 14,90, mesma faixa de preço dos planos semelhantes de outros serviços, como Rdio e Deezer. Sim, “será”: mesmo com toda a espera, o Spotify ainda foi lançado com o valor em dólares: US$ 5,99 por mês.

Mas por que a demora? Segundo Gustavo Diament, diretor do Spotify para a América Latina, esse tempo foi necessário para aprimorar os algoritmos de recomendação e o acervo do serviço no Brasil, para que a experiência fosse equivalente à de outros países: “Nosso foco é entregar o melhor serviço de música”, disse, durante evento de lançamento — que contou com participações dos músicos Gaby Amarantos, Fernanda Takai e Marcelo Jeneci, além de uma declaração de Gilberto Gil por vídeo.

O executivo, porém, não acredita que a chegada tardia ao mercado brasileiro — o Rdio está aqui desde o final de 2011, por exemplo — vá prejudicar o futuro do serviço por aqui. “O desconhecimento [sobre streaming no Brasil] ainda é muito grande”, diz Diament. Para ele, o verdadeiro concorrente do Spotify não é nenhum outro player, mas sim um velho conhecido: “Nosso principal competidor é a pirataria. A gente quer fazer o que fez na Suécia: uma redução de 30% na pirataria.” Parece ambicioso? Diament vai além e afirma que o Spotify quer “servir a trilha sonora da sua vida”.

Os números apresentados na coletiva são consideráveis: nos meses de teste, 400 mil emails foram cadastrados para aguardar um convite para o serviço. É bom, mas estamos num país de 200 milhões de habitantes. Como diria o AC/DC — cuja discografia, aliás, não está disponível por streaming em serviço algum — é um longo caminho até o topo. Boa sorte, Spotify.

Foto por Sascha Kohlmann/Flickr

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