Uma equipe internacional de pesquisadores anunciou uma forma simples e barata de borrifar grafeno em substratos a velocidades supersônicas. Além de soar absolutamente sensacional, o método também oferece uma solução para algumas das fraquezas do supermaterial. O grafeno em spray é simplesmente mais forte.
Apesar de ser um dos supermateriais mais empolgantes do mundo, o grafeno tem fraquezas bem documentadas. Basicamente, ao mesmo tempo que é virtualmente indestrutível em porções microscópicas, ele possui defeitos que surgem em escalas maiores. “Normalmente, o grafeno é produzido em pequenos flocos, e mesmo esses pequenos flocos têm defeitos”, explica Alexander Yarin, pesquisador em um estudo sobre o novo método. Mas se você pensar como partículas de líquido fluem para fora de uma lata de tinta em spray e então se consolidam na parede, e você consegue entender como uma abordagem semelhante pode funcionar com o grafeno.
Com grafeno na equação, no entanto, você precisa de algo mais potente do que aerosol. Então pesquisadores reaproveitaram um sistema cinético de deposição de spray e um bocal de Laval – o mesmo usado em motores a jato supersônicos – para produzir uma torrente de gotículas de grafeno. A energia do impacto força os átomos de carbono a se reorganizarem em uma grade perfeita de grafeno que tanto ouvimos falar, mas sem os seus defeitos. “Estamos explorando a plasticidade do grafeno”, diz Yarin. “Na verdade é uma reestruturação.”
Isso é empolgante. O método de spray funciona com qualquer substrato e nos dá esperança de que o grafeno fique mais simples de ser produzido, além de mais acessível. Além disso, borrifar grafeno em velocidade supersônicas é algo sensacional por si só. [UIC]
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