Ciência

Startup quer trazer mamutes de volta à vida para salvar o Ártico

Os mamutes, com suas grandes patas e hábitos alimentares, desempenhavam um papel crucial na manutenção das estepes do Ártico
Ilustração: Daniel Eskridge/Reprodução

Uma startup de biotecnologia está avançando em um plano de trazer os mamíferos mamutes de volta à vida para combater as mudanças climáticas no Ártico.

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A empresa, liderada pelo cientista George Church, propõe utilizar a tecnologia CRISPR para inserir genes de mamutes lanosos em embriões de elefantes asiáticos, seus parentes vivos mais próximos.

A tecnolohis CRISPR é uma espécie de “tesoura genética”, que permite à ciência mudar parte do código genético de uma célula.

A missão da startup não é mas uma estratégia para restaurar um ecossistema perdido há muito tempo, que poderia ajudar a combater o aquecimento global.

“Nosso objetivo na empresa não é apenas trazer de volta um pequeno rebanho de mamutes peludos de sucesso. O objetivo é o retorno bem-sucedido dos mamutes ao Ártico. Isso significa grandes populações com diversidade genética que podem cruzar”, disse o empresário Ben Lamm à Popular Science.

Entenda a importância dos mamutes no Ártico

Os mamutes, com suas grandes patas e hábitos alimentares, desempenhavam um papel crucial na manutenção das estepes do Ártico, prevenindo o derretimento do permafrost e o subsequente lançamento de gases de efeito estufa.

Assim, os defensores do projeto argumentam que os mamutes poderiam ser a chave para reverter a transformação das estepes em florestas densas, o que contribui para o aumento das emissões de carbono.

Dessa forma, ao reintroduzir esses herbívoros gigantes, espera-se que eles possam restaurar o equilíbrio ecológico, pisoteando a vegetação excessiva e promovendo o crescimento de gramíneas, que são mais eficazes na captura de carbono.

No entanto, a tarefa não é simples. A equipe enfrenta desafios significativos, desde a criação de genes funcionais de mamutes em células vivas de elefantes até a garantia de que esses genes correspondam aos traços desejados para a sobrevivência no Ártico.

Além disso, há questões éticas e práticas a considerar, como o bem-estar dos animais resultantes e o impacto de sua introdução em ecossistemas modernos.

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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