Uma startup de biotecnologia está avançando em um plano de trazer os mamíferos mamutes de volta à vida para combater as mudanças climáticas no Ártico.
A empresa, liderada pelo cientista George Church, propõe utilizar a tecnologia CRISPR para inserir genes de mamutes lanosos em embriões de elefantes asiáticos, seus parentes vivos mais próximos.
A tecnolohis CRISPR é uma espécie de “tesoura genética”, que permite à ciência mudar parte do código genético de uma célula.
A missão da startup não é mas uma estratégia para restaurar um ecossistema perdido há muito tempo, que poderia ajudar a combater o aquecimento global.
“Nosso objetivo na empresa não é apenas trazer de volta um pequeno rebanho de mamutes peludos de sucesso. O objetivo é o retorno bem-sucedido dos mamutes ao Ártico. Isso significa grandes populações com diversidade genética que podem cruzar”, disse o empresário Ben Lamm à Popular Science.
Entenda a importância dos mamutes no Ártico
Os mamutes, com suas grandes patas e hábitos alimentares, desempenhavam um papel crucial na manutenção das estepes do Ártico, prevenindo o derretimento do permafrost e o subsequente lançamento de gases de efeito estufa.
Assim, os defensores do projeto argumentam que os mamutes poderiam ser a chave para reverter a transformação das estepes em florestas densas, o que contribui para o aumento das emissões de carbono.
Dessa forma, ao reintroduzir esses herbívoros gigantes, espera-se que eles possam restaurar o equilíbrio ecológico, pisoteando a vegetação excessiva e promovendo o crescimento de gramíneas, que são mais eficazes na captura de carbono.
No entanto, a tarefa não é simples. A equipe enfrenta desafios significativos, desde a criação de genes funcionais de mamutes em células vivas de elefantes até a garantia de que esses genes correspondam aos traços desejados para a sobrevivência no Ártico.
Além disso, há questões éticas e práticas a considerar, como o bem-estar dos animais resultantes e o impacto de sua introdução em ecossistemas modernos.