Stephen Hawking apoia iniciativa para procurar vida inteligente fora da Terra que custará US$ 100 mi
O projeto Breakthrough Listen é a nossa mais nova tentativa de buscar por vida extraterrestre inteligente — e ele tem o apoio de ninguém menos que Stephen Hawking, além de um investimento de US$ 100 milhões do bilionário russo Yuri Milner — é a maior soma de dinheiro já investida em um projeto do tipo. Tudo isso será investido no curso de dez anos pela busca por alienígenas inteligentes o suficiente para terem inventado satélites.
A missão fará uso de dois dos maiores radiotelescópios da Terra — o Observatório de Green Bank, localizado nos EUA, e o Observatório de Parkes, localizado na Austrália — para focar em planetas girando entre as estrelas em nossa galáxia e estrelas vizinhas, usando milhares de horas das antenas para buscar por sinais de rádio que poderiam nos fazer ouvir a nossas primeiras músicas pop alienígenas.
De acordo com informações da Reuters, menos de US$ 2 milhões em todo o mundo são gastos todo ano com projetos de busca por vida extraterrestre inteligente. Além de todo o dinheiro e uso dos maiores radiotelescópios do mundo, o projeto de Milner também contará com o auxílio de especialistas escolhidos a dedo.
O dinheiro investido será usado para melhorias tecnológicas, como aceleração do processamento computadores, aumento da sensibilidade dos telescópios e novas ferramentas adquiridas permitiram aos cientistas escanear bilhares de frequências de uma vez, além de uma busca 10 vezes maior que a das tentativas anteriores.
O projeto também fará buscas de sinais de luz pelo Observatório Lick, na Califórnia, EUA. Além disso, o Breakthrough Listen desenvolverá novos softwares, que serão de código aberto.
Hawking, que anteriormente disse que estaríamos melhor vivendo em isolamento, disse sobre este último projeto: “É hora de nos comprometermos a buscar uma resposta, a buscar por vida além da Terra. A humanidade tem uma necessidade profunda de explorar, de aprender, de saber. Nós também somos criaturas sociais. É importante para nós sabermos se estamos sozinhos no escuro”, disse ao The Guardian.
A abordagem de apenas ouvir esperando por sinais é mais segura o que enviar mensagens a potenciais Vorlons por aí, com Hawking explica: “Uma civilização lendo uma das nossas mensagens pode estar bilhões de anos a nossa frente. E se estiverem, eles serão vastamente mais poderosos e podem nos considerar tão valiosos quanto bactérias”, ele também pede que as sondas Voyager deem meia volta.
Confira a mensagem de Stephen Hawking ao Belfast Telegraph na íntegra:
Estou aqui hoje pois acredito que a iniciativa Breakthrough é criticamente importantes. Para entender o universo nós devemos saber sobre átomos. Sobre as forças que os conectam, os contornos do espaço e do tempo. O nascimento e a morte de estrelas, a dança das galáxias, os segredos dos buracos negros. Mas isso não é o suficiente. Essas ideias não podem explicar tudo. Elas podem explicar a luz das estrelas, mas não a luz que brilha do Planeta Terra. Para entender essas luzes nós precisamos saber mais sobre a vida, sobre as mentes. Nós acreditamos que a vida surgiu espontaneamente na Terra, então em um universo infinito deve existir outras ocorrências de vida. Em algum lugar do cosmos, é possível que vida inteligente esteja olhando para essas luzes cientes do que elas significam. Ou as nossas luzes vagam por um cosmo sem vida, feixes não vistos anunciando que aqui na nossa pedra, o universo descobriu a própria existência. De qualquer forma, não existe questão maior. É hora de se comprometer em buscar uma resposta, de buscar por vida além da Terra. A iniciativa Breakthrough se comprometeu com isso. Nós somos vida, nós somos inteligentes, nós devemos saber.