Stephen Hawking, renomado físico e professor britânico, “morreu pacificamente em sua casa em Cambridge” aos 76 anos. A morte foi comunicada por sua família à imprensa.
Em uma declaração compartilhada com diversos veículos de mídia, seus filhos Lucy, Robert e Tim pediram “tempo e privacidade para o luto”.
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“Estamos profundamente tristes pela morte do nosso pai hoje”, escreveram. “Era um grande cientista e um homem extraordinário, cujo trabalho e legado viverão por muitos anos. Sua coragem e persistência com seu brilho e humor inspiraram pessoas em todo o mundo. Uma vez ele disse: ‘O universo não seria grande coisa se não fosse o lar das pessoas que você ama.’ Sentiremos sua falta para sempre”.
Hawking, um dos cientistas mais importantes e conhecidos de seu tempo, começou a sofrer os sintomas da esclerose lateral amiotrófica ou ELA, uma doença degenerativa, aos 21 anos. Os médicos inicialmente lhe deram apenas dois anos de vida.
Sua doença evoluiu para uma paralisia quase total e para o confinamento em uma cadeira de rodas, bem como o uso de um dispositivo de voz sintética. Isso, no entanto, não impediu sua ascensão e, sem dúvida, reforçou sua reputação como um sobrevivente que se recusou a ser limitado pelas circunstâncias.
Legado científico
Como aparece em um perfil de 2016 da BBC, as maiores contribuições de Hawking para a física vieram para “vários campos diferentes, mas igualmente fundamentais, da teoria física: gravitação, cosmologia, teoria quântica, termodinâmica e teoria da informação”.
Em 1970, ele colaborou com o físico britânico Roger Penrose em um artigo que propõe que a compreensão completa da relatividade geral indica que o universo surgiu como uma singularidade do espaço-tempo. Posteriormente, o trabalho ofereceu soluções parciais para a aparente incompatibilidade entre a relatividade geral e a teoria quântica.
Em 1974, ele formulou a primeira explicação teórica da radiação Hawking, na qual propôs que buracos negros podem radiar energia e, portanto, se dissipar lentamente – ou no caso de miniburacos negros, explodir violentamente.
Ele publicou ainda trabalhos sobre o Big Bang, o que o levou a status de best-seller com o livro “Uma breve história do tempo”, lançado em 1988.
Durante o curso de sua carreira, como aponta o Washington Post, Hawking alcançou o posto de professor lucasiano de matemática na Universidade de Cambridge, feito também conquistado por ninguém menos que Isaac Newton.
Em seus últimos anos de vida, Hawking se tornou uma figura às vezes controversa, fazendo uma série de previsões pessimistas sobre o consumo de energia, robôs, extraterrestres, bombas nucleares e mudanças climáticas.
Foto: AP