Pesquisadores da Universidade de Illinois, nos EUA, acreditam que o supervulcão de Yellowstone, considerado o mais popular da atualidade, pode ter mais que o dobro de magma líquido do que se pensava anteriormente. Essa característica, no entanto, não indica um perigo iminente de erupção.
Quando os médicos querem saber detalhes sobre a saúde dos pacientes, é comum que eles peçam tomografias para analisar o corpo humano em seu interior. Foi mais ou menos o que os cientistas fizeram.
Eles aplicaram uma técnica que permitiu a equipe analisar o interior da caldeira. Dessa forma, a equipe mediu o comportamento das ondas sísmicas em diferentes profundidades, além de inferir o volume do derretimento – nome dado ao magma em sua forma líquida.
Segundo o estudo publicado na revista Science, o supervulcão de Yellowstone guarda entre 16% e 20% de magma líquido. Estimativas anteriores apontavam um valor próximo de 10%.
O supervulcão entrou em erupção três vezes nos últimos 2,1 milhões de anos, mas a maior presença de magma não indica que um novo evento do tipo esteja prestes a acontecer. Por outro lado, é importante que os cientistas determinem a localização do líquido sob a superfície e continuem monitorando possíveis mudanças na caldeira.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) e o Observatório do Vulcão Yellowstone também estão constantemente acompanhando a caldeira. Qualquer sinal de erupção será diagnosticado com antecedência, permitindo que as autoridades se preparem para o possível evento.