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Surto de Covid-19 na China derruba receitas da principal fabricante de iPhones

Surto da doença e onda de protestos na China também deve atrasar entregas de iPhones para o final de 2022

Imagem: Apple/Reprodução

A Foxconn, principal fabricante de iPhones para a Apple, anunciou uma queda de 11% nas receitas de novembro em comparação com o mesmo mês no ano passado.

A empresa atribui o resultado negativo ao surto de Covid-19 em sua subsidiária em ZhengZhou, na China. Além do aumento de casos da doença, a filial enfrentou medidas restritivas severas, e chegou a ser obrigada a paralisar produção.

Em relação ao mês anterior, outubro, as receitas caíram ainda mais, 29%. A queda preocupa, já que a empresa vinha atingindo os melhores resultados de sua história até então.

De janeiro a novembro deste ano, a Foxconn faturou, cerca de US$ 130 bi, mas o surto de Covid em ZhengZhou pode ameaçar os bons resultados que eram projetados para o fim de ano.

Insatisfeitos com as restrições do governo, que incluía o confinamento dos funcionários no complexo de produção até o fim do surto, muitos trabalhadores fugiram de ZhengZhou a pé. As medidas mais duras faziam parte do programa “Covid zero”, do governo chinês, que agora, mesmo com alta no número de infecções, têm sido suavizadas após onda de protestos.

Apesar do fim das restrições, a empresa enfrentou problemas de produção por insuficiência de funcionários, e chegou a oferecer um bônus salarial para quem aceitasse retornar aos antigos postos de trabalho. As paralisações também afetaram as entregas de iPhones neste final de ano. Isso pode afetar disponibilidade e preço em diferentes partes do planeta.

Além dos bônus salariais, a empresa tenta contratar novos trabalhadores para tentar atender os pedidos da gigante da tecnologia. A Foxconn já admite internamente que alguns dispositivos terão entrega atrasada e se prepara para esse cenário.

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