Estes são os tablets (sim, no plural) da Positivo que o MEC distribuirá aos professores do ensino público

A tecnologia é uma aliada da educação? Sim, sem dúvida. O Governo Federal concorda e, por isso, abriu uma licitação para a compra de até 650 mil tablets que serão distribuídos para professores do Ensino Médio da rede pública de educação. Que tablets são esses? A gente conta. Eles foram produzidos pela Positivo e são […]
O tablet educacional do Brasil.

A tecnologia é uma aliada da educação? Sim, sem dúvida. O Governo Federal concorda e, por isso, abriu uma licitação para a compra de até 650 mil tablets que serão distribuídos para professores do Ensino Médio da rede pública de educação. Que tablets são esses? A gente conta.

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Eles foram produzidos pela Positivo e são bastante parecidos com a linha de tablets Ypy, vendida no varejo desde o final de 2011. Na licitação, feita no começo de 2012, a fabricante paranaense venceu três dos quatro lotes, ficando responsável pela produção e venda de até 650 mil tablets (pode ser isso, pode ser menos, tudo depende da demanda dos estados). O restante, 250 mil, ficou a cargo da CCE, recentemente adquirida pela chinesa Lenovo.

Conversamos com a assessoria da Positivo para saber detalhes do tablet e nos surpreendemos ao saber que são, na realidade, os tablets: dois modelos, um de 7″, outro de 9,7″ — exatamente como os Ypy do varejo, mas nesse caso, apenas modelos Wi-Fi, nada de 3G. Eles terão garantia de 24 meses, segundo o MEC. As configurações deles são:

Modelo de Tablet Tipo 1
Tela: LCD de 7 polegadas tipo touch multitoque capacitivo, resolução de 1024 x 600 pixels, formato 16:9
Sistema operacional: Android 4.0, Português Brasil
Processador: 1GHz
Armazenamento: 16GB (com possibilidade de expansão de até 32GB com cartão Micro SD Card)
Conectividade: Rede sem fio IEEE 802.11 b/g/n e Bluetooth 2.1 + EDR
Câmeras: Frontal VGA e traseira de 2,0MP
Medidas: 196 x 120 x 11,4mm (LxAxP)
Peso: 398g (sem a capa emborrachada)

Modelo de Tablet Tipo 2
Tela: LCD de 9,7 polegadas tipo touch multitoque capacitivo, resolução de 1024 x 768 pixels, formato 4:3
Sistema operacional: Android 4.0, Português Brasil
Processador: 1GHz
Armazenamento: 16GB (com possibilidade de expansão de até 32GB com cartão Micro SD Card)
Conectividade: Rede sem fio IEEE 802.11 b/g/nTM e BluetoothTM 2.1 + EDR
Câmeras: Frontal VGA e traseira de 2,0MP
Medidas: 242 x 186,1 x 10,8mm (LxAxP)
Peso: 606g (sem a capa emborrachada)

O preço de cada tablet ficou assim (todos valores unitários):

  • Tablet Tipo 1 (7″): R$ 276,99
  • Tablet Tipo 2 (9,7″): R$ 462,49 (regiões Nordeste e Sul) e R$ 461,99 (Centro-Oeste, Norte e Sudeste)

O da CCE, de 7″, custa R$ 278,90. São 450 mil tablets de cada tamanho, totalizando 900 mil. A tabela de quantidades e valores pode ser vista aqui.

Tablet educacional da Positivo roda Android 4.0.4.

A Positivo não soube informar como será feita a distribuição e quem receberá esse material, mas o MEC diz que o foco, inicialmente, está nos professores do Ensino Médio. Eles receberão treinamento no primeiro semestre de 2013 e os tablets, no segundo. A aquisição dos tablets é de responsabilidade dos estados e como o prazo para o registro dos preços vence em junho, a maioria já acertou os detalhes da compra — até o momento, 24 estados, mais o Distrito Federal.

Ontem o Android Play teve acesso ao modelo de 7″ e trouxe algumas informações extras sobre a configuração (além de um punhado de fotos). O tablet vem com 512 MB de RAM e uma GPU Mali-400MP, a mesma usada no Galaxy S II. O Android, versão 4.0.4, aparenta ser levemente personalizado e inclui os Google Apps, incluindo a Play Store. Chama a atenção o acabamento, com um amarelão berrante na parte de trás e, em letras garrafais em relevo, os dizeres “Ministério da Educação”, seguido de “Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação” (o FNDE é o programa do qual a aquisição dos tablets para uso na educação pública faz parte).

As investidas do MEC para informatizar as salas de aula não têm lá um histórico muito bom, e a falta de preparo dos profissionais que lidarão com esses tablets pode vir a subutilizar esse importante equipamento no ambiente escolar. Ter tecnologia nas salas de aula é algo bastante positivo, mas feito de qualquer jeito, o impacto dessas aquisições pode ser nulo ou, pior, negativo. [Android Play, Todos Pela Educação, FNDE]

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