A estreia de uma nova temporada do talk show “The Drew Barrymore Show”, prevista para estrear na próxima segunda-feira (18), fez a atriz e apresentadora Drew Barrymore receber críticas negativas. Mais do que não apoiar a greve dos roteiristas do WGA (Associação de Escritores da América), a equipe de produção reprimiu protestos no estúdio.
As gravações começaram nesta segunda-feira (11). Dois membros da plateia que ganharam ingressos para assistir às filmagens relataram terem sido expulsos e agredidos verbalmente pela equipe do programa por usarem broches em apoio à greve, que receberam dos manifestantes.
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Embora a apresentadora tenha permissão para continuar com o programa, seus roteiristas estão proibidos de trabalhar durante a paralisação. Portanto, segundo um porta-voz da CBS Media Ventures, “o ‘Drew Barrymore Show’ não realizará nenhum trabalho de redação coberto pela greve da WGA”.
Uma das roteiristas do talk show, Chelsea White, disse ao The Hollywood Reporter que está desapontada com a decisão da atriz. “É uma pena saber que o programa vai voltar porque passa a mensagem de que os redatores sindicais não têm valor. E vai diretamente contra o que o WGA, o SAG-AFTRA e todos os sindicatos estão tentando unir para se levantarem contra os estúdios gananciosos”, argumentou.
Drew Barrymore se defende após críticas por “furar” greve
No domingo (10), Barrymore explicou sua escolha em uma publicação no Instagram, dizendo que o programa “é maior do que apenas ela”.
“Optei por me afastar dos prêmios da MTV, de cinema e de televisão porque era o apresentador e isso tinha um conflito direto com o que a greve estava tratando: estúdios, streaming, cinema e televisão. Foi também na primeira semana de greve e então fiz o que achei apropriado na época para me solidarizar com os escritores. E para ser claro, nosso talk show terminou em 20 de abril, então nunca tivemos que encerrá-lo. Porém, também estou fazendo a escolha de voltar pela primeira vez nesta greve para o nosso show, que pode levar meu nome, mas isso é maior do que apenas eu”, começou.
Ela também ressaltou que não está descumprindo nenhuma regra do sindicato dos atores, o SAG-AFTRA, já que não está promovendo nenhuma produção — algo rechaçado pelos grevistas.
“Eu possuo essa escolha. Estamos em conformidade com a não discussão ou promoção de filmes e televisão que sejam atingidos de qualquer espécie. Nosso show foi construído para tempos delicados e só funcionou através do que o mundo real está passando em tempo real. Quero estar lá para fornecer o que os escritores fazem tão bem, que é uma forma de nos unir ou de nos ajudar a dar sentido à experiência humana. Espero uma resolução para todos o mais rápido possível. Passamos por momentos difíceis desde que entramos no ar. E então dou um passo à frente para começar a 4ª temporada mais uma vez com uma humildade”, completou a atriz.
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