Você talvez não conheça o elemento químico tântalo, mas ele está com você agora mesmo. Ele está nos capacitores do seu computador, e na bateria do seu celular, e ainda é usado em superligas para produzir peças de motores a jato, mísseis e reatores nucleares. E esse material vem de uma cidadezinha do Amazonas, onde a tecnologia ainda está chegando.
O G1 visitou a cidade de Pitinga (AM), responsável por 40% da produção nacional de tântalo. Lá, a internet via rádio custa R$130 por mês – mas a velocidade em alguns lugares é ruim, então ainda é preciso contar com LAN houses. E, ironicamente, não há sinal de celular na cidadezinha que contribui para a fabricação de celulares do mundo todo. Mesmo assim, há quem tenha até quatro celulares: Daydson Mendes Coelho explica que usa os aparelhos, um para cada operadora, quando viaja para Manaus; Robert Mendonça, por sua vez, usa o celular que tem para escutar música.
Na cidade de 3.000 habitantes, 1.200 pessoas trabalham na mina de tântalo. O Brasil é responsável por 14% da sua produção mundial, e no país estão 61% de todas as reservas do minério no mundo. A mina pertence à empresa peruana Mineração Taboca desde 2009, e produz a liga de tântalo-nióbio que você vê na foto acima. Ela é comercializada para uma empresa no Brasil e para vários países no exterior, especialmente a China.
O tântalo é usado principalmente em baterias de celulares, mas quando combinado em ligas, ele vira um material de alta resistência – bastante adequado para aplicações potentes, como em gasodutos e na indústria aeroespacial. Ele também é usado em equipamentos médicos e implantes cirúrgicos.
Esse é o lugar de onde vem parte da nossa tecnologia, e você pode conhecer mais lendo a reportagem completa aqui: [G1]
Fotos por Laura Brentano/G1