Um maquinário ainda mais poderoso que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) deve começar a operar até o final dessa década.
Estamos falando do Telescópio Gigante de Magalhães (GMT, na sigla em inglês), que acabou de receber um novo investimento de US$ 205 milhões para acelerar sua construção. Você pode ler mais sobre a participação brasileira no projeto neste texto aqui.
O espelho principal do equipamento terá 25 m de diâmetro, sendo formado por sete segmentos de 8,4 m. Ele terá, no total, uma área de coleta de luz dez vezes maior que a do James Webb, proporcionando imagens quatro vezes mais nítidas.
O tamanho dará ao telescópio o título de equipamento espacial com o maior espelho já construído na história. Além disso, ele será ainda 200 vezes mais poderoso do que os observatórios ativos hoje na Terra.
Mas não pense que o GMT será um substituto. Diferente do Telescópio Hubble e do Webb, ele será instalado na superfície do planeta –mais especificamente, no Observatório Las Campanas, no Deserto do Atacama (Chile).
Na verdade, ele complementará as pesquisas do JWST, estudando a física e química de fontes de luz mais fracas previamente detectadas pelo antecessor.
Seis dos sete segmentos de espelhos primários do Telescópio Gigante de Magalhães já começaram a ser construídos e a área em que o maquinário será instalado já está liberada. O financiamento deve dar um gás no projeto.
Contribuíram com o valor a Carnegie Institution for Science, as universidades de Harvard, de Chicago, do Texas, todas instituições americanas, e também a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), no Brasil.
O aporte de US$ 45 milhões da Fapesp permitirá que pesquisadores brasileiros tenham um tempo reservado para uso do telescópio. Ainda não há previsão para o início das operações do GMT, mas os pesquisadores esperam conseguir suas primeiras imagens até 2029.