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Telescópio Gigante de Magalhães será 4 vezes mais potente que o James Webb

O equipamento, que também conta com financiamento brasileiro, será instalado no Observatório Las Campanas, no Chile. Suas observações devem ser iniciadas até 2029

Telescópio Gigante de Magalhães (GMT) terá resolução superior ao James Webb

Imagem: GMTO Corporation/Divulgação

Um maquinário ainda mais poderoso que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) deve começar a operar até o final dessa década.

Estamos falando do Telescópio Gigante de Magalhães (GMT, na sigla em inglês), que acabou de receber um novo investimento de US$ 205 milhões para acelerar sua construção. Você pode ler mais sobre a participação brasileira no projeto neste texto aqui.

O espelho principal do equipamento terá 25 m de diâmetro, sendo formado por sete segmentos de 8,4 m. Ele terá, no total, uma área de coleta de luz dez vezes maior que a do James Webb, proporcionando imagens quatro vezes mais nítidas.

O tamanho dará ao telescópio o título de equipamento espacial com o maior espelho já construído na história. Além disso, ele será ainda 200 vezes mais poderoso do que os observatórios ativos hoje na Terra.

Mas não pense que o GMT será um substituto. Diferente do Telescópio Hubble e do Webb, ele será instalado na superfície do planeta –mais especificamente, no Observatório Las Campanas, no Deserto do Atacama (Chile).

Na verdade, ele complementará as pesquisas do JWST, estudando a física e química de fontes de luz mais fracas previamente detectadas pelo antecessor.

Seis dos sete segmentos de espelhos primários do Telescópio Gigante de Magalhães já começaram a ser construídos e a área em que o maquinário será instalado já está liberada. O financiamento deve dar um gás no projeto. 

Contribuíram com o valor a Carnegie Institution for Science, as universidades de Harvard, de Chicago, do Texas, todas instituições americanas, e também a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), no Brasil. 

O aporte de US$ 45 milhões da Fapesp permitirá que pesquisadores brasileiros tenham um tempo reservado para uso do telescópio. Ainda não há previsão para o início das operações do GMT, mas os pesquisadores esperam conseguir suas primeiras imagens até 2029.

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