Tomografia sugere que múmias sul-americanas foram brutalmente assassinadas

As múmias masculinas investigadas no estudo, uma chilena e outra peruana, foram mortas por facadas ou golpes na cabeça e nuca. Veja mais detalhes desses casos
Tomografia sugere que múmias sul-americanas foram brutalmente assassinadas
Imagem: AM Begerock, R Loynes, OK Peschel, J Verano, R Bianucci, I Martinez Armijo, M González, AG Nerlich/Reprodução

A tomografia computadorizada 3D tem revolucionado a arqueologia. Graças ao método, cientistas conseguiram identificar uma múmia grávida e até mesmo reproduzir a voz de um sacerdote egípcio que morreu há três mil anos. 

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Agora, a tecnologia revelou a um time de pesquisadores internacionais a causa da morte de duas múmias sul-americanas. Segundo o estudo publicado na revista Frontiers in Medicine, as pessoas estudadas não tiveram finais nada agradáveis.

A primeira múmia estava guardada na Philipps University of Marburg, na Alemanha. Era um homem com idade entre 20 e 25 anos que vivia no que é hoje o norte do Chile. Ele pertencia a cultura Arica e provavelmente habitava uma comunidade de pescadores. 

O homem, que morreu entre os anos 996 e 1147, apresentava sinais de tuberculose grave nos pulmões. Porém, a causa de sua morte foi outra: ele levou uma forte bordoada na cabeça e uma facada nas costas, golpes que podem ter vindo de um ou dois agressores.

A segunda múmia estava no Museu de Arte e História de Delémont, na Suíça. Era também um homem, que morreu entre os anos 902 e 994 na região de Arequipa, no sudoeste do Peru. De acordo com os cientistas, o sul-americano levou um golpe na parte de trás do pescoço, o que causou um trauma na coluna cervical e o levou a óbito. 

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Uma múmia feminina que também estava na Suíça fez parte do estudo. Ela morreu entre 1224 e 1282 e apresentava danos no esqueleto, mas esses parecem ter sido causados após a morte, provavelmente durante o enterro. 

Sem a tecnologia de tomografia 3D, as múmias teriam sido danificadas no processo e tais detalhes não poderiam ser observados. Agora, o artigo deve ajudar os pesquisadores a construir uma melhor imagem das civilizações antigas.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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