Mais de 66 anos se passaram desde que o ser humano começou a não apenas olhar pra cima, mas também explorar o que tem fora da Terra. Mas toda essa inovação e descoberta tem cobrado um preço alto: lixo espacial.
Ao todo, estima-se que existam mais de 27 mil pedaços de lixo espacial em órbita. De acordo com um estudo publicado na revista científica Nature Astronomy, existem 651 pedaços de lixo espacial sob o risco de cair de forma descontrolada nos próximos 10 anos.
Pensando nesse cenário, o Giz Brasil separou três casos de lixo espacial que colocaram a Terra em risco.
Veja nosso top 3:
Foguete chinês
Em maio de 2020, destroços de um foguete chinês Long March 5B caíram na Terra, com partes potencialmente atingindo duas aldeias na Costa do Marfim.
O estágio central do foguete, pesando quase 18 toneladas, passou sobre grandes cidades como Los Angeles e Nova York antes de cair no Oceano Atlântico.
Embora não tenha relatos de feridos, o incidente levantou preocupações significativas sobre a segurança e a responsabilidade na gestão de detritos espaciais.
Imprevisto australiano
A Austrália também não foi poupada dos perigos do lixo espacial. Em 2023, um objeto metálico grande, suspeito de ser parte de um veículo de lançamento indiano, foi encontrado em uma praia remota, levando a uma investigação pela Agência Espacial Australiana.
Este evento segue outro ocorrido em 2022, quando pedaços de um foguete SpaceX caíram em fazendas de ovelhas na Austrália.
Skylab
O caso mais famoso de lixo espacial é, sem dúvida, o da estação espacial americana Skylab. Lançada em 1973, a Skylab foi a primeira estação espacial dos Estados Unidos e, após seis anos em órbita, reentrou na atmosfera terrestre em 1979.
Partes da estação caíram no Oceano Índico e na Austrália Ocidental, espalhando detritos por uma vasta área. Embora não tenha havido feridos, a NASA foi multada simbolicamente pela cidade de Esperance, na Austrália, em US$ 400 por “poluição”.
Esses incidentes reforçam a necessidade urgente de regulamentações internacionais mais robustas e de tecnologias avançadas para monitorar e mitigar os riscos associados ao lixo espacial, garantindo a segurança contínua do nosso planeta.