No fim do mês passado, um hacker colocou à venda o que supostamente são dados de 400 milhões de contas do Twitter. Caso seja confirmado, este é o maior vazamento da história da plataforma. O hacker pede US$ 200 mil a Elon Musk, novo dono da rede social, para não vender os dados a terceiros.
De acordo com a britânica BBC, os dados vazados incluem números de telefone e endereços de e-mail dos usuários da plataforma.
O hacker, identificado apenas como Ryushi, ainda divulgou uma amostra das informações obtidas. Entre os impactados pelos vazamentos estão personalidades famosas como Donald Trump Jr. filho do ex-presidente dos EUA e a deputada americana Alexandria Ocasio-Cortez.
Com mais esse vazamento, a plataforma e o bilionário Elon Musk estão mais uma vez na mira de órgãos reguladores europeus. A Comissão de Proteção de Dados (CPD) da Irlanda investiga o Twitter para averiguar se a companhia está dentro dos padrões exigidos pela legislação de proteção de dados europeia.
O Twitter possui atualmente cerca de 240 milhões de contas ativas, então parte dos dados roubados na ação hacker pode ser de contas já desativadas da plataforma.
Não é a primeira vez que o Twitter está na mira da fiscalização europeia. Recentemente, a CPD anunciou que estava conduzindo um inquérito sobre um vazamento de dados de 5,4 milhões de perfis ocorrido em 2021, mas que foi revelado pelo Twitter apenas em agosto do ano passado.
O Twitter afirmou que corrigiu a falha de segurança que proporcionou o vazamento de dados, no entanto, um hacker afirmou ter tido acesso aos dados de mais de 5 milhões de perfis e anunciando-os para a venda na deep web. O DPD investiga e, se considerada culpada, pode ser multada em até 4% dos ganhos totais do ano.