A Ubisoft começou a excluir usuários com contas inativas nas suas plataformas na semana passada. E, como era de se esperar, a ação não teve uma recepção positiva da comunidade.
O principal motivo é que a política de contas inativas da Ubisoft não considera um ponto sensível: deletar uma conta pode significar a exclusão de toda biblioteca.
No início da semana passada, um usuário do Twitter compartilhou o e-mail que recebeu da Ubisoft sobre a exclusão. O e-mail informava que a sua conta foi “temporariamente suspensa” por inatividade.
O usuário recebe uma “chance” de cancelar a exclusão de sua conta que vale por 30 dias. Se não recuperar a conta, o usuário perde todos os jogos em sua biblioteca sua conta é excluída permanentemente.
A Ubisoft respondeu ao tweet em questão reiterando o período de 30 dias para recuperação das contas inativas, e ressaltou que não deseja que os usuários percam acesso aos games ou às contas.
A Ubisoft, embora possa enfurecer muitos gamers, tem respaldo legal para excluir essas contas. Compras digitais são vistas como uma “licença” para ter acesso aos jogos. Isso facilita o bloqueio do acesso, pois os usuários não são “donos” do conteúdo.
Além disso, leis de proteção de dados, como a GDPR, podem exigir que a Ubisoft exclua contas inativas. O período de retenção de dados, no caso da GDPR, não deve superar “três anos de inatividade”, como parte do direito de “ser esquecido”.
Desse modo, a Ubisoft, por ser uma empresa da União Europeia, precisa se adequar a tais diretrizes. Contudo, ainda não há justificativa, por parte da empresa, sobre como funcionará para territórios fora da União Europeia.
Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.
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