Uma nova era das baterias está por vir?

Muitas vezes as baterias começam a ficar velhas. E por velhas eu não digo corcundas e cheias de rugas. Quando a bateria já não carrega direito e, muitas vezes, não “segura carga” é hora de trocar de bateria. Mas isso pode mudar, graças a uma importante descoberta. Pesquisadores descobriram recentemente que o níquel, um dos […]

Muitas vezes as baterias começam a ficar velhas. E por velhas eu não digo corcundas e cheias de rugas. Quando a bateria já não carrega direito e, muitas vezes, não “segura carga” é hora de trocar de bateria. Mas isso pode mudar, graças a uma importante descoberta.

Pesquisadores descobriram recentemente que o níquel, um dos componentes das baterias atuais, bloqueia os íons de lítio depois de um tempo de uso, o que faz com que elas parem de recarregar. Aparentemente isto é uma consequência do processo de produção das baterias.

Vamos imaginar aqui uma dessas baterias de íons de lítio, níquel e óxido de manganês. No nível atômico vemos átomos de manganês e oxigênio formando fileiras bem organizadas. Num dia normal de funcionamento, os átomos de lítio passeariam nessas fileiras para cima e para baixo, fornecendo energia para o aparelho (ou carregando a bateria).

Os pesquisadores achavam que o níquel ficava comportado e distribuído igualmente por estas fileiras, até que uma equipe dos Laboratórios Nacionais do Noroeste do Pacífico, nos EUA, decidiu tirar umas fotos 3D em alta resolução da bateria. Estas fotos mostravam que os átomos de níquel não se comportavam nada bem. Em vez de ficarem bonitinho nas fileiras, os átomos de níquel se acumulavam e bloqueavam os canais. Com o bloqueio, os íons não conseguem se movimentar e a bateria não carrega. A pesquisa foi publicada na Nano Letters.

Já sabemos o que leva ao “envelhecimento” das baterias. Suspeitamos que este problema seja consequência do processo de produção. A partir disso, se os pesquisadores conseguirem controlar estas condições na produção para fazer com que as baterias durem mais, teremos uma nova era das baterias. Vamos torcer para que os pesquisadores consigam uma solução logo. [Scientific AmericanFoto por Alex Steiner/Flickr]

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